O chanceler russo, Sergei Lavrov: Ministério das Relações Exteriores russo, liderado por Sergei Lavrov qualificou de "inaceitável qualquer tipo de ingerência externa nos fatos da Ucrânia" (Yves Herman/AFP)
Da Redação
Publicado em 2 de maio de 2014 às 10h02.
Moscou - O Ministério das Relações Exteriores russo exigiu nesta quinta-feira ao governo de Kiev que cesse "imediatamente a operação de castigo" que realiza no sudeste do país contra as milícias pró-russas, e pediu além disso ao Ocidente o fim de sua "política destrutiva em relação à Ucrânia".
Em comunicado, a Chancelaria acusa a Kiev de usar na operação das forças armadas a "terroristas" do grupo ultranacionalista "Setor de Direitas".
O departamento liderado por Sergei Lavrov qualificou de "inaceitável qualquer tipo de ingerência externa nos fatos da Ucrânia".
"Lembramos a este respeito que Washington nunca desmentiu com clareza anteriores evidências sobre a presença na Ucrânia de membros de uma organização militar privada. Como se sabe, estas organizações militares privadas não trabalham no exterior sem o consentimento do Departamento de Estado americano", assinala o texto.
O Ministério acusou a Kiev de empregar na operação das forças armadas a "terroristas" do grupo ultranacionalista "Setor de Direitas".
"E exigiu a cessação imediata da operação de castigo e de qualquer violência contra seu próprio povo", assim como "a libertação dos presos políticos e que se garanta aos jornalistas plena liberdade para trabalhar".
Pouco antes, o Kremlin tinha indicado que a operação "punitiva" lançada esta manhã pelas forças armadas ucranianas no sudeste desse país "destruiu de fato" a esperança de uma regra pacífico da crise tal como foi acordado em Genebra.