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Rússia estimula regime sírio a dialogar com a oposição

O país, um dos últimos apoios de Damasco, multiplicou recentemente as reuniões sobre o caso sírio

O líder da Coalizão Nacional Síria, Moaz el-Jatib, foi convidado pela Rússia a participar nas negociações (©afp.com / Kenzo Tribouillard)

O líder da Coalizão Nacional Síria, Moaz el-Jatib, foi convidado pela Rússia a participar nas negociações (©afp.com / Kenzo Tribouillard)

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Da Redação

Publicado em 28 de dezembro de 2012 às 08h04.

Moscou - A Rússia estimula o regime sírio de Bashar al-Assad a fazer o possível para dialogar com a oposição com o objetivo de solucionar o sangrento conflito que devasta o país, afirmou o ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov.

"Estimulamos ativamente, como fazemos há meses, o regime sírio a fazer o que for possível para concretizar as intenções de dialogar com a oposição", declarou Lavrov durante uma entrevista coletiva.

Ele respondeu assim a uma pergunta sobre a reunião de quinta-feira em Moscou com uma delegação síria encabeçada pelo vice-ministro sírio das Relações Exteriores, Faisal Mokdad.

A Rússia, um dos últimos apoios de Damasco, multiplicou recentemente as reuniões sobre o caso sírio.

O emissário internacional para a Síria, Lakhdar Brahimi, chegará no sábado a Moscou.

Isto permitirá "uma visão de conjunto com pontos de vista das duas partes" no conflito na Síria, completou Lavrov.


A chancelaria russa enviou um convite ao líder da Coalizão Nacional Síria, Moaz el-Jatib, para participar em negociações sobre uma solução para o conflito sírio, anunciou nesta sexta-feira um dos vice-ministros das Relações Exteriores, Mikhail Bogdanov.

O representante do governo russo afirmou que o encontro pode acontecer em Moscou ou fora da Rússia, em cidades como Genebra (Suíça) ou Cairo (Egito).

"O convite foi transmitido. Moaz el-Jatib recebeu", disse Bogdanov.

Até o momento, a Rússia bloqueou, ao lado da China todos os projetos de resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas que condenavam o presidente sírio Bashar al-Asad e abriam caminho para a aplicação de sanções ou, inclusive, o recurso da força.

Moscou nega, no entanto, que apoie o regime sírio, ao qual vende armas, e alega que defende o direito internacional.

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