Mundo

Rússia elogia decisão das Coreias de retomar diálogo

As Coreias vão se reunir no primeiro encontro de alto nível desde 2015, na próxima terça-feira (10)

Estados Unidos e Coreia do Sul: Presidente russo criticou os EUA por desperdiçar oportunidades de alcançar um acordo (Jonathan Ernst/Reuters)

Estados Unidos e Coreia do Sul: Presidente russo criticou os EUA por desperdiçar oportunidades de alcançar um acordo (Jonathan Ernst/Reuters)

E

EFE

Publicado em 5 de janeiro de 2018 às 13h01.

Moscou - A Rússia elogiou nesta sexta-feira a decisão de ambas Coreias de retomar o diálogo após dois anos de parênteses em meio à tensão na península pelos testes nucleares e com mísseis de Pyongyang.

"Elogiamos os primeiros contatos entre Seul e Pyongyang. Consideramos que o diálogo direto permitirá diminuir a tensão na península coreana", disse María Zakharova, porta-voz da chancelaria russa.

Por sua vez, o chefe do Comitê de Relações Exteriores do Senado, Konstantin Kosachov, assegurou que a Rússia está disposta a contribuir para o diálogo e expressou sua confiança em que, depois dos assuntos puramente esportivos - a participação da Coreia do Norte nos Jogos Olímpicos de PyeongChang -, ambas partes abordem temas políticos.

"Mas isso já representará a inclusão em tal diálogo dos Estados Unidos, já que sem Washington dificilmente o Norte e o Sul poderão fazer algo por sua conta", considerou.

Em sua opinião, "o fato de que se retome o diálogo direto, que há um precedente, tem um significado muito importante em relação com o futuro".

Kosachov destacou que o regime comunista modificou sua postura, já que, até agora, os parlamentares norte-coreanos rejeitavam todo contato com seus colegas do Sul alegando que "Seul é dependente demais dos EUA".

Nesse sentido, ressaltou que o objetivo primordial do diálogo deve ser "diminuir o antagonismo militar na região".

Além disso, a Rússia espera que se confirme a anunciada renúncia de Seul e Washington às manobras militares conjuntas na região durante os Jogos de Inverno.

No final de dezembro o ministro de Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, e o secretário de Estado americano, Rex Tillerson, concordaram na necessidade de se passar o mais rápido possível da linguagem de sanções às negociações com a Coreia do Norte.

O presidente russo, Vladimir Putin, criticou os EUA por desperdiçar várias oportunidades de alcançar um acordo com Pyongyang para a regulação da crise nuclear.

Na ocasião, Rússia e China apresentaram um plano de regulação que consistia em que a Coreia do Norte suspendesse seus testes nucleares e de mísseis, e EUA e Coreia do Sul fizessem o mesmo com suas manobras militares conjuntas na região.

Acompanhe tudo sobre:Coreia do NorteCoreia do SulGuerrasRússia

Mais de Mundo

Eleições no Uruguai: Mujica vira 'principal estrategista' da campanha da esquerda

Israel deixa 19 mortos em novo bombardeio no centro de Beirute

Chefe da Otan se reuniu com Donald Trump nos EUA

Eleições no Uruguai: 5 curiosidades sobre o país que vai às urnas no domingo