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Rússia e Grécia conversam com Líbia sobre cessar-fogo

Moscou pode enviar observadores para monitorar um cessar-fogo e preparar o caminho para uma solução pacífica para o conflito

Moscou critica iniciativa ocidental de realizar ataques aéreos contra as forças de Gaddafi (Alexander Klein/AFP)

Moscou critica iniciativa ocidental de realizar ataques aéreos contra as forças de Gaddafi (Alexander Klein/AFP)

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Da Redação

Publicado em 23 de abril de 2011 às 18h01.

Rabat - A Rússia e a Grécia se reuniram com o governo líbio para tratar da execução de um cessar-fogo, informou a agência de notícias estatal JANA, depois que tropas do governo aparentemente deixaram a frente de batalha em Misrata, dominada pelos rebeldes.

A JANA afirmou que o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, disse nesta sábado ao primeiro-ministro líbio, Baghdadi Al-Mahmoudi, que Moscou pode enviar observadores para monitorar um cessar-fogo e preparar o caminho para uma solução pacífica para o conflito.

A agência de notícias JANA afirmou que Lavrov fez a proposta durante conversas telefônicas com Mahmoudi. Os comentários de Lavrov à JANA não puderam ser confirmados de forma independente. "A Rússia está ao lado do povo líbio," afirmou o chanceler, segundo a JANA.

Lavrov e Mahmoudi "enfatizaram durante a conversa a implementação de um cessar-fogo anunciado pela Líbia," afirmou a agência. "A posição russa está focada em uma solução pacífica e sua disponibilidade para enviar observadores para monitorar o cessar-fogo. Ele (Lavrov) enfatizou que a Rússia notificou a Organização das Nações Unidas sobre isso."

Moscou criticou a iniciativa ocidental de realizar ataques aéreos contra as forças de Muammar Gaddafi, classificando-os como um exagero em relação à resolução da ONU que autoriza o uso de força para proteger civis.

Mahmoudi também conversou com seu colega grego, George Papandreou, e "reiterou o comprometimento da Líbia com as resoluções da ONU." Ele também afirmou que a Líbia está comprometida com a iniciativa de paz da União Africana.

O governo líbio tem feito repetidos apelos pelo cessar-fogo, mas eles foram rejeitados por rebeldes que alegam que os pedidos não são correspondidos por atitudes.

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