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Rússia é força para a boa moral mas não uma superpotência

Rússia, disse Putin, vai se esforçar para ser uma liderança que defende o direito internacional e respeita a soberania nacional e a independência das nações


	O presidente russo, Vladimir Putin: "não aspiramos a sermos chamados de alguma forma de superpotência, entendo isso como uma reivindicação de hegemonia global ou regional"
 (Vyacheslav Oseledko/AFP)

O presidente russo, Vladimir Putin: "não aspiramos a sermos chamados de alguma forma de superpotência, entendo isso como uma reivindicação de hegemonia global ou regional" (Vyacheslav Oseledko/AFP)

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Da Redação

Publicado em 12 de dezembro de 2013 às 14h09.

Moscou - O presidente russo, Vladimir Putin, em uma crítica velada aos Estados Unidos, descreveu nesta quinta-feira a Rússia como uma força para a paz e a moralidade, que não tem o desejo de se tornar uma superpotência mundial.

"Não aspiramos a sermos chamados de alguma forma de superpotência, entendo isso como uma reivindicação de hegemonia global ou regional", disse Putin em discurso anual a parlamentares e autoridades russas.

"Nós não infringimos os interesses de ninguém, nós não forçamos o nossa patronagem a ninguém, ou tentamos ensinar alguém como viver", disse Putin, usando declarações que repetem críticas feitas anteriormente aos Estados Unidos.

A Rússia, disse Putin, vai se esforçar para ser uma liderança que defende o direito internacional e respeita a soberania nacional e a independência das nações.

"Isso é absolutamente compreensível para um Estado como a Rússia, com sua grande história e cultura", afirmou.

Putin disse que a Rússia ajudou a fazer prevalecer "o direito internacional, o bom senso e a lógica da paz" ao ter papel importante no acordo que levou a Síria a se desfazer de suas armas químicas para evitar possíveis ataques militares dos EUA.

Sem citar os Estados Unidos, Putin advertiu que o desenvolvimento de escudos antimísseis e de armas poderosas de longo alcance pode "reduzir a nada" os atuais pactos de controle de armas nucleares existentes e perturbar o equilíbrio estratégico pós-Guerra Fria.

"Ninguém deve ter qualquer ilusão sobre a possibilidade de ganhar superioridade militar sobre a Rússia", disse. "Nós nunca vamos permitir que isso aconteça. A Rússia irá responder a todos estes desafios, políticos e militares." (Reportagem de Alexei Anishchuk)

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