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Rússia e EUA divergem sobre força militar na Síria

Secretário norte-americano e chanceler russo começaram negociações sobre como desativar os programas de armas químicas do governo Assad

Secretário de Estado norte-americano, John Kerry, e o chanceler russo, Sergei Lavrov, após reunião em Genebra (Ruben Sprich/Reuters)

Secretário de Estado norte-americano, John Kerry, e o chanceler russo, Sergei Lavrov, após reunião em Genebra (Ruben Sprich/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 12 de setembro de 2013 às 17h36.

Genebra - O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, e o chanceler russo, Sergei Lavrov, começaram as negociações nesta quinta-feira sobre como desativar os programas de armas químicas da Síria, mas diferenças surgiram no início do diálogo previsto para durar dois dias.

Kerry reiterou a posição dos Estados Unidos de que a força militar possa ser necessária se falharem os esforços diplomáticos para controlar o estoque de armas químicas do presidente sírio, Bashar al-Assad.

"O presidente (norte-americano, Barack) Obama deixou claro que se a diplomacia falhar, a força poderá ser necessária para deter e desmantelar a capacidade de Assad de usar essas armas", disse Kerry, enquanto Lavrov observava.

Mas Lavrov deixou claro que a Rússia quer que os EUA deixem de ameaçar a Síria militarmente no momento.

"Entendemos que a solução deste problema se faz desnecessário qualquer ataque contra a República Árabe da Síria", disse ele. "Estou convencido de que nossos colegas norte-americanos, como o presidente Obama afirmou, estão firmemente convencidos de que devemos seguir o caminho pacífico da resolução do conflito na Síria." Enquanto o Congresso dos EUA debatia ataques militares como uma resposta a um ataque químico em 21 de agosto em um subúrbio de Damasco, a Rússia propôs que a Síria concordasse em desistir de suas armas químicas.

Kerry esclareceu que Washington, ao explorar a oferta, permanece cético. E ele minimizou uma oferta do governo sírio, como parte de um movimento para aderir à Convenção de Armas Químicas, de fornecer dados sobre o seu arsenal químico dentro de 30 dias, uma prática padrão.

"Acreditamos que não há nada de normal sobre este processo neste momento por causa da forma como o regime tem se comportado, não só a existência dessas armas, mas elas têm sido usadas", disse Kerry.

"As expectativas são altas. São altas para os Estados Unidos, talvez ainda mais para a Rússia, para cumprir a promessa deste momento", disse Kerry.

"Este não é um jogo e eu disse isso ao meu amigo Sergei quando nós conversamos sobre isso inicialmente. Tem que ser real. Tem de ser abrangente. Tem que ser verificável. Tem que ser crível. Tem que ser oportuna e implementada em tempo hábil e, finalmente, deve haver consequências se não acontecer."

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