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Rússia e EUA anunciam cessar fogo na Síria

Após um período de sete dias, os dois países realizarão ataques coordenados contra os grupos terroristas Al Nusra e Estado Islâmico


	John Kerry: após um período de sete dias, os dois países realizarão ataques coordenados contra os grupos terroristas Al Nusra e Estado Islâmico
 (REUTERS/Jacquelyn Martin/Pool)

John Kerry: após um período de sete dias, os dois países realizarão ataques coordenados contra os grupos terroristas Al Nusra e Estado Islâmico (REUTERS/Jacquelyn Martin/Pool)

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Da Redação

Publicado em 9 de setembro de 2016 às 20h55.

Genebra - Depois de mais de 15 horas de negociações em Genebra, EUA e Rússia chegaram a um acordo para reduzir a violência e pediram um cessar-fogo na Síria para, assim, abrir espaço para uma negociação de paz. Washington e Moscou apoiam, com reforço militar e bombardeios, lados opostos no conflito sírio.

O secretário de Estado americano, John Kerry, e o chanceler russo Serguei Lavrov, pediram a todos os envolvidos na guerra na Síria que um cessar-fogo seja respeitado a partir de segunda-feira, 12.

"O dia 12 será o dia D nesse conflito", disse o russo. "Apesar de toda a desconfiança, chegamos a um pacote de documentos que permite que se possa lutar contra o terrorismo, expandir a ajuda humanitária e acabar com a violência. Isso tudo cria as condições para que possamos voltar a negociar a paz", disse Lavrov.

A primeira parte do acordo se refere a um cessar-fogo. "Primeiro, ele valerá por 48 horas, depois, por mais 48 horas e, depois, de forma permanente", explicou o russo. "Após sete dias, vamos criar um centro onde ambos os países terão seus militares separando opositores moderados e terroristas. Ataques conjuntos serão realizados em seguida aos acordos contra esses terroristas", disse Lavrov.

Segundo Moscou, o presidente sírio, Bachar Assad, já foi informado do plano e ele estaria de acordo. A força aérea de Assad não fará parte das operações conjuntas de EUA e russos.

Kerry também confirmou o pacote para acabar com a guerra na Síria, que já deixou mais de 250 mil mortos. "Se esse acordo vingar, então teremos ações coordenadas para derrotar terrorismo e facilitar transição política", disse o americano.

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