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É cedo para dizer quem está por trás de assassinato, diz Rússia

"Não devemos tirar conclusões precipitadas até que a investigação determine quem está por trás do assassinato", disse o porta-voz

Embaixador: Moscou considera que é necessário esperar os resultados do trabalho do grupo de investigação (Maxim Shemetov/Reuters)

Embaixador: Moscou considera que é necessário esperar os resultados do trabalho do grupo de investigação (Maxim Shemetov/Reuters)

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AFP

Publicado em 21 de dezembro de 2016 às 09h06.

Última atualização em 21 de dezembro de 2016 às 10h00.

É muito cedo para dizer quem está por trás do assassinato do embaixador russo na Turquia, afirmou nesta quarta-feira o Kremlin, depois que Ancara acusou o pregador turco no exílio Fethullah Gülen.

"Moscou acha que é preciso esperar osresultados do trabalho do grupo de investigação (russo-turco) que começou ontem (terça) em Ancara", declarou o porta-voz do Kremlin, Dimitri Peskov.

"Não se pode tirar conclusões precipitadas até que a investigação tenha determinado quem está por trás do assassinato de nosso embaixador", acrescentou.

Uma equipe russa chegou na terça-feira à Turquia para investigar o assassinato de seu embaixador.

O policial turco Mevlüt Mert Altintas, 22 anos, efetuou vários disparos contra o embaixador russo Andrei Karlov durante a inauguração de uma exposição de fotos em uma galeria em Ancara.

O chefe da diplomacia turca, Mevlüt Cavusoglu, declarou na terça-feira que a rede de Fethullah Gülen, inimigo declarado do presidente Recep Tayyip Erdogan, estaria por trás do assassinato.

Exilado nos Estados Unidos, o teólogo é apontado por Ancara como o responsável pelo golpe de Estado fracassado de julho passado.

Gülen, que rejeita as acusações de envolvimento na tentativa de golpe de julho, declarou que sente "profunda tristeza" pelo assassinato do embaixador russo.

Em um fato inédito, Ancara aceitou a participação de 18 especialistas russos na investigação do crime.

O grupo, que inclui agentes do serviço secreto e diplomatas russos, chegou nesta terça-feira a Ancara para colaborar com a investigação, informou o ministro russo das Relações Exteriores, Sergueï Lavrov.

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