Anéis olímpicos em Tokyo: com a punição, atletas do país que estiverem limpos e desejarem competir terão que fazê-lo sob bandeira neutra (Brendan Moran/Getty Images)
Agência O Globo
Publicado em 9 de dezembro de 2019 às 08h23.
Última atualização em 9 de dezembro de 2019 às 08h25.
Moscou — A longa novela envolvendo os casos de doping e manipulação de dados laboratorias no esporte russo teve um assertivo fim na manhã desta segunda-feira. A WADA, a Agência Mundial Antidoping, baniu o país de competições internacionais pelos próximos quatro anos. Os russos têm 21 dias para entrar com recurso contra a decisão.
Com a punição, decidida de forma unânime por um comitê de executivos da agência, o país fica fora da Olimpíada de Tóquio, em 2020, e dos Jogos Olímpicos de Inverno de 2022, em Pequim. Atletas russos que provarem a agência que estão limpos poderão competir sob bandeira neutra.
A WADA concluiu que os russos alteraram dados laboratoriais sem autorização, plantaram evidências falsas e apagaram arquivos conclusivos a possíveis casos de doping.
O escândalo começou em 2015, quando surgiram evidências de casos de doping em massa no esporte do país. A Agência Antidoping do país, a RUSADA, foi suspensa naquele ano. Em 2018, a delegação do país — selecionada e convidada pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) — desfilou e competiu já sob bandeira neutra nos Jogos Olímpicos de Inverno de Pyeongchang.
Sede da última Copa do Mundo, a Rússia fica proibida de sediar eventos esportivos internacionais durante o período de punição. Seus dirigentes esportivos estão proibidos de frequentar tais eventos. Em caso de recurso, o julgamento será levado ao Tribunal Arbitral do Esporte (TAS).