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Rússia diz ter prova de que Turquia compra petróleo do EI

Moscou e Ancara travam uma disputa diplomática desde a semana passada, quando um jato da Força Aérea turca derrubou um avião de guerra russo


	Barris de petróleo: Moscou e Ancara travam uma disputa diplomática desde a semana passada
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Barris de petróleo: Moscou e Ancara travam uma disputa diplomática desde a semana passada (thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 2 de dezembro de 2015 às 13h13.

Moscou - O Ministério da Defesa da Rússia afirmou nesta quarta-feira ter provas de que o presidente da Turquia, Tayyip Erdogan, e sua família estão se beneficiando do contrabando de petróleo do Estado Islâmico em territórios que ocupa na Síria e no Iraque.

Moscou e Ancara travam uma disputa diplomática desde a semana passada, quando um jato da Força Aérea turca derrubou um avião de guerra russo perto da fronteira sírio-turca, no incidente mais sério entre a Rússia e um país-membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) em meio século.

Em um boletim à imprensa em Moscou, autoridades do Ministério da Defesa exibiram imagens de satélite que afirmam mostrar colunas de caminhões-tanque sendo abastecidos de petróleo em instalações controladas pelo Estado Islâmico na Síria e no Iraque, e depois cruzando a divisa para a vizinha Turquia.

"A Turquia é a principal consumidora de petróleo roubado de seus legítimos proprietários, Síria e Iraque. De acordo com informações que recebemos, a principal liderança política do país –o presidente Erdogan e sua família– estão envolvidos neste negócio criminoso", disse o vice-ministro da Defesa russo, Anatoly Antonov.

"Talvez eu esteja sendo muito ríspido, mas uma pessoa só pode confiar o controle desta roubalheira aos seus colaboradores mais próximos. No Ocidente, ninguém fez perguntas sobre o fato de que o filho do presidente turco tem uma das maiores empresas de energia, ou de que seu filho tenha sido nomeado ministro da Energia. Que maravilhoso negócio familiar!", acrescentou.

As autoridades russas não especificaram quais indícios diretos têm da participação de Erdogan e seus familiares, uma alegação que o líder turco negou veementemente. Erdogan afirmou que ninguém tem o direito de "difamar" a Turquia ao acusar o país de comprar petróleo do Estado Islâmico, e disse que renunciaria se essas alegações fossem comprovadas como verdadeiras.

O Ministério da Defesa russo também alegou que as mesmas redes criminosas que estão contrabandeando petróleo de áreas sob comando do Estado Islâmico para dentro da Turquia também estão fornecendo suprindo armas, equipamento e treinamento ao grupo militante.

Autoridades declararam que a ofensiva aérea russa causou um estrago significativo na capacidade do grupo radical para produzir, refinar e vender petróleo. Na semana passada, Erdogan negou que a Turquia obtenha petróleo de qualquer fonte ilegítima, e desafiou qualquer pessoa que acusa seu governo de colaborar com o Estado Islâmico a provar suas alegações.

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