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Rússia diz ser falsa a identificação do suspeito no caso Skripal

Ex-espião Sergei Skripal e sua filha foram envenenados no Reino Unido no mês de março

Rússia nega a revelação da identificação do suspeito no caso Skripal (Henry Nicholls/Reuters)

Rússia nega a revelação da identificação do suspeito no caso Skripal (Henry Nicholls/Reuters)

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EFE

Publicado em 27 de setembro de 2018 às 08h49.

Moscou - O governo russo chamou nesta quinta-feira de "notícias falsas" a revelação de que um dos suspeitos do envenenamento do ex-espião Sergei Skripal e sua filha no Reino Unido, no mês de março, era supostamente um coronel da inteligência militar da Rússia.

"Não há nenhuma prova disso e, portanto, a campanha de informação continua a ignorar a questão principal: o que realmente aconteceu em Salisbury", escreveu em sua página do Facebook, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova.

A "nova informação falsa" relacionada com os dois suspeitos Alexander Petrov e Ruslan Boshirov "apareceu imediatamente depois (que a primeira-ministra britânica, Theresa) May pronunciasse seu discurso no Conselho de Segurança da ONU dedicada a (não-proliferação de) armas de destruição em massa e mais uma vez fez acusações contra Rússia", disse a porta-voz.

Um site de jornalismo investigativo chamado "Bellingcat" afirmou ontem que o homem que até agora identificado na mídia como Ruslan Boshirov, na verdade chama-se Anatoliy Chepiga, um coronel treinado em uma academia que forma, entre outros, membros da inteligência militar russa.

O governo britânico disse este mês que tanto Boshirov como Petrov são agentes do serviço de inteligência militar da Rússia (GRU) e estão por trás do ataque contra os Skripal, que foram envenenados com um agente químico de uso militar, algo que ambos negaram em entrevista com o canal estatal russo "RT".

O site "Bellingcat", que se declara especializado em investigações baseadas em "fontes abertas e nas redes sociais", afirma que o coronel Chepiga serviu na Segunda Guerra da Chechênia e foi "visto perto da fronteira da Ucrânia no final de 2014".

Além disso, assegura que ele foi condecorado em dezembro de 2014 com as mais altas distinções em seu país, como a de Herói da Federação Russa, concedida pelo presidente Vladimir Putin.

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