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Rússia diz que sanções da União Europeia são hostis

Contudo, a Rússia insiste que está interessada em promover a cooperação econômica com a UE e a Alemanha

Putin, o presidente russo: a UE adotou nesta sexta-feira sanções contra três cidadãos e três empresas russas (Dmitri Lovetsky/Pool/Reuters)

Putin, o presidente russo: a UE adotou nesta sexta-feira sanções contra três cidadãos e três empresas russas (Dmitri Lovetsky/Pool/Reuters)

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EFE

Publicado em 4 de agosto de 2017 às 16h11.

Moscou - Rússia qualificou nesta sexta-feira de "hostis" e "infundadas" as sanções adotadas pela União Europeia (UE) devido à transferência à Crimeia de turbinas de gás fornecidas pela companhia alemã Siemens, mas mantém seu interesse em cooperar.

"Vemos tal passo, dado por Berlim, como hostil e infundado", informou o Ministério de Exteriores da Rússia em um comunicado.

Moscou lamenta "profundamente" a decisão de Bruxelas de incluir na lista companhias e funcionários russos, e culpa especialmente a Alemanha, a quem acusa de interpretar livremente a política de sanções.

Ao mesmo tempo, o departamento se mostra decepcionado pela politização "até o absurdo" de um assunto que é, na realidade, "uma simples disputa comercial".

"Consideramos totalmente inventados os motivos alegados para impor uma nova rodada de medidas restritivas e nos reservamos ao direito de tomar medidas de resposta", indica.

Contudo, a Rússia insiste que está interessada em promover a cooperação econômica com a UE e a Alemanha, em particular, e em superar as sequelas negativas de tais sanções.

A UE adotou nesta sexta-feira sanções contra três cidadãos e três empresas russas por "ações que prejudicam as integridade territoriais, a soberania e a independência da Ucrânia", em referência às turbinas.

"As turbinas foram inicialmente vendidas pela Siemens para uso no território da Federação Russa. A posterior transferência das turbinas à Crimeia infringia as disposições da venda original por parte da Siemens", explicou o Conselho da UE em um comunicado.

As sanções consistem no congelamento de ativos e proibição de viagens a um total de 153 pessoas e 40 entidades, segundo as medidas adotadas em março de 2014 e prorrogadas pela última vez em setembro de 2016 até 15 de março de 2017.

Em junho, o Conselho decidiu estender até junho do ano que vem as sanções que tinha imposto em resposta à anexação "ilegal" dos enclaves ucranianos da Crimeia e Sebastopol por parte da Rússia, que incluem restrições ao comércio e os investimentos nesses territórios.

Na semana passada, o Congresso dos Estados Unidos também adotou uma lei que reforçou as sanções contra a Rússia por sua suposta interferência nas eleições presidenciais americanas de 2016, suas ações na Ucrânia e na Síria e suas violações dos direitos humanos, que o Kremlin tachou de "míopes".

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