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Rússia diz que pode retaliar EUA por expulsão de diplomatas

Estados Unidos expulsaram 35 diplomatas russos que o governo do ex-presidente Barack Obama disse serem espiões

Vladimir Putin: governo russo pode retaliar os EUA por expulsão de diplomatas (Alexei Druzhinin/Kremlin/Reuters)

Vladimir Putin: governo russo pode retaliar os EUA por expulsão de diplomatas (Alexei Druzhinin/Kremlin/Reuters)

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Reuters

Publicado em 12 de maio de 2017 às 11h52.

Moscou - A Rússia pode retaliar os Estados Unidos devido a expulsão de 35 diplomatas russos que o governo do ex-presidente Barack Obama disse serem espiões, informou autoridade do Kremlin nesta sexta-feira.

Moscou também está aguardando a devolução de dois complexos diplomáticos tomados nos Estados Unidos durante o mesmo escândalo de espionagem, disse Yuri Ushakov, um assistente de política estrangeira do Kremlin.

"Nós estamos aguardando a devolução de propriedade diplomática da Rússia ilegalmente apreendida antes do ano novo, pelas autoridades norte-americanas anteriores", disse Ushakov em uma coletiva de imprensa.

"Nós decidimos não responder imediatamente a essa escapada, mas ninguém aboliu até agora o princípio de reciprocidade na diplomacia... nossa paciência tem limites", disse, acrescentando que uma retaliação russa não pode ser descartada.

O ministro de Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, levantou a questão do complexo durante uma visita a Washington nesta semana, disse.

Barack Obama ordenou a expulsão dos 35 russos no final de dezembro e impôs sanções a duas agências de inteligência russas devido ao que disse ser o envolvimento russo em ataques cibernéticos contra grupos políticos na eleição presidencial dos EUA do dia 8 de novembro.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse na época que não iria retaliar imediatamente e que esperaria pelo menos até que o então presidente eleito dos EUA, Donald Trump, assumisse o cargo no dia 20 de janeiro, antes de decidir qual ação tomar.

Ushakov disse que um encontro entre Putin e Trump deve acontecer sob o auspício da reunião do G20 em Hamburgo, na Alemanha, em julho e que é importante que o encontro traga resultados tangíveis.

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