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Rússia diz que pode posicionar mísseis nucleares intermediários na Europa

O vice-ministro russo das Relações Exteriores, Sergei Ryabkov, disse que Moscou terá que se posicionar caso a Otan se recuse a se comprometer com a prevenção de tal escalada

Rússia: as forças nucleares de alcance intermediário na Europa foram proibidas sob um tratado de 1987 acordado entre o líder soviético Mikhail Gorbachev e o então presidente dos EUA (AFP/Reprodução)

Rússia: as forças nucleares de alcance intermediário na Europa foram proibidas sob um tratado de 1987 acordado entre o líder soviético Mikhail Gorbachev e o então presidente dos EUA (AFP/Reprodução)

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Reuters

Publicado em 13 de dezembro de 2021 às 17h29.

A Rússia disse nesta segunda-feira que pode ser forçada a posicionar mísseis nucleares de alcance intermediário na Europa em resposta ao que vê como planos da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) de fazer o mesmo.

O vice-ministro russo das Relações Exteriores, Sergei Ryabkov, disse em entrevista à agência de notícias russa RIA que Moscou terá que se posicionar caso a Otan se recuse a se comprometer com a prevenção de tal escalada.

Seus comentários aumentaram ainda mais os riscos de um impasse, no qual a Rússia exige garantias de segurança do Ocidente, enquanto Estados Unidos e seus aliados alertam Moscou para recuar do que consideram uma possível invasão da Ucrânia -- algo que Ryabkov negou novamente ser intenção da Rússia.

As forças nucleares de alcance intermediário (INF, na sigla em inglês) na Europa foram proibidas sob um tratado de 1987 acordado entre o líder soviético Mikhail Gorbachev e o então presidente dos EUA, Ronald Reagan, no que foi saudado na época como um grande alívio das tensões da Guerra Fria. Washington desistiu do pacto em 2019, após anos de reclamações por supostas violações da Rússia.

Ryabkov disse que havia "indicações indiretas" de que a Otan estava se aproximando de realocar o tratado INF, incluindo a restauração, no mês passado, do 56º Comando de Artilharia, que operava mísseis Pershing com capacidade nuclear durante a Guerra Fria.

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