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Rússia diz que há vários espiões entre os diplomatas expulsos

O chefe do serviço secreto russo afirmou que os diplomatas expulsos, que também eram espiões, garantiam a cooperação entre o serviço secreto e os países

Diplomacia: Mais de 20 países expulsaram diplomatas russos após a morte do ex-espião russo na Inglaterra (Sean Gallup/Getty Images)

Diplomacia: Mais de 20 países expulsaram diplomatas russos após a morte do ex-espião russo na Inglaterra (Sean Gallup/Getty Images)

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EFE

Publicado em 28 de março de 2018 às 10h43.

Moscou - A Rússia reconheceu nesta quarta-feira que entre os diplomatas expulsos pelos países do Ocidente devido ao caso Skripal há vários oficiais do Serviço de Inteligência Estrangeiro (SVR RF, na sigla em russo).

"Entre os funcionários de Relações Exteriores há representantes oficiais de nosso serviço (...), são alguns poucos", disse Sergei Narishkin, chefe do SVR RF, à agência Interfax.

Narishkin explicou que os diplomatas expulsos, que trabalhavam oficialmente nesses países como agentes do SVR RF, tinham como função garantir a cooperação com os serviços secretos desses Estados.

Cerca de 30 países, entre eles os Estados Unidos e os países-membros da União Europeia, expulsaram nos últimos dias mais de 100 diplomatas russos em solidariedade com o Reino Unido.

A presidente do Senado russo, Valentina Matviyenko, adiantou hoje que Moscou responderá "de maneira simétrica", ou seja, que expulsará um número similar de diplomatas ocidentais.

O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, acusou os EUA de "pressão" e "chantagem" sobre os países ocidentais para que aceitassem expulsar diplomatas russos em represália pelo envenenamento do ex-espião Sergei Skripal e sua filha, do qual o Reino Unido responsabiliza a Rússia.

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