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Rússia diz que falará sobre acordos com EUA após a posse de Trump

Donald Trump disse ao The Times que irá propor um acordo com a Rússia que prevê o fim de sanções em troca da redução de armamentos nucleares

Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin: "no momento não há acordos, esboços ou quaisquer preparações em curso para um encontro" (REUTERS/Maxim Shemetov)

Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin: "no momento não há acordos, esboços ou quaisquer preparações em curso para um encontro" (REUTERS/Maxim Shemetov)

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Reuters

Publicado em 16 de janeiro de 2017 às 08h35.

Moscou - O Kremlin afirmou nesta segunda-feira que ainda é muito cedo para comentar sobre uma proposta do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, de fazer um acordo com Moscou sobre cortes de armamentos nucleares em troca de Washington retirar sanções impostas contra Moscou pela crise na Ucrânia.

Trump disse ao jornal londrino The Times em entrevista publicada no domingo na internet que irá propor um acordo ao presidente russo, Vladimir Putin, prevendo o fim das sanções impostas contra a Rússia pela anexação da Crimeia em troca da redução de armamentos nucleares.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, em teleconferência com repórteres nesta segunda-feira, disse que a Rússia irá aguardar até Trump assumir a Presidência antes de comentar sobre quaisquer acordos propostos.

Não há conversas em andamento com os EUA sobre possíveis cortes de armamentos nucleares, e a Rússia não pretende levantar a questão de sanções em negociações com países estrangeiros, disse Peskov.

O porta-voz também negou relatos de mídia sobre um encontro planejado entre Putin e Trump.

"Todos esses relatos sobre acordos preliminares para um encontro não correspondem à realidade", disse Peskov. "No momento não há acordos, esboços ou quaisquer preparações em curso para um encontro porque o presidente e o sr. Trump não discutiram isso de nenhuma maneira".

Perguntado se o Kremlin concorda com a visão de Trump de que a Otan é obsoleta, algo que o presidente eleito dos EUA repetiu na mesma entrevista ao The Times, Peskov destacou que o Kremlin faz as mesmas observações há tempos.

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