Mundo

Rússia diz que ataques na Síria precisam de aval do governo

Ministério de Relações Exteriores da Rússia afirmou que ações devem ser coordenadas com o governo sírio


	Ataques aéreos: EUA e aliados realizaram os primeiros ataques aéreos com mísseis sobre bastiões do EI
 (AFP)

Ataques aéreos: EUA e aliados realizaram os primeiros ataques aéreos com mísseis sobre bastiões do EI (AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 23 de setembro de 2014 às 09h14.

Moscou - A Rússia criticou nesta terça-feira os ataques aéreos liderados pelos Estados Unidos contra posições do Estado Islâmico na Síria, dizendo que eles têm de ser coordenados com o governo sírio e que criariam mais tensão na região.

Os EUA, que há tempos pedem pela saída do presidente sírio, Bashar al-Assad, e diversos aliados do Golfo Árabe realizaram os primeiros ataques aéreos com mísseis sobre bastiões do Estado Islâmico na Síria.

“Qualquer ação do tipo deve ser executava apenas de acordo com a lei internacional”, disse o Ministério de Relações Exteriores da Rússia em comunicado. “Isso significa não uma notificação formal e unilateral de ataques aéreos, mas o consentimento explícito do governo da Síria ou a aprovação de uma decisão correspondente do Conselho de Segurança da ONU.”

Os EUA, que também realizaram ataques aéreos no Iraque com a anuência de Bagdá, disse que não coordenarão seus planos com o governo sírio, que acusa de uso de armas químicas contra rebeldes que lutam pela saída de Assad desde o começo de 2011.

"Tentativas de cumprir as metas geopolíticas de um lado em violação à soberania de países na região apenas vão exacerbar as tensões e desestabilizar mais a situação”, disse o ministério.

A oposição síria apoiada pelo Ocidente, que está combatendo tanto Assad quanto o Estado Islâmico, saudou os ataques aéreos, e disse que a ajudariam a derrotar Assad.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaEuropaONURússiaSíria

Mais de Mundo

À espera de Trump, um G20 dividido busca o diálogo no Rio de Janeiro

Milei chama vitória de Trump de 'maior retorno' da história

RFK Jr promete reformular FDA e sinaliza confronto com a indústria farmacêutica

Trump nomeia Robert Kennedy Jr. para liderar Departamento de Saúde