Sergei Lavrov, ministro russo das Relações Exteriores: ele disse esperar a resolução dos conflitos na Síria com negociações (Sergei Karpukhin/Reuters)
AFP
Publicado em 17 de janeiro de 2017 às 09h09.
Última atualização em 17 de janeiro de 2017 às 10h21.
Um dos objetivos das negociações de 23 de janeiro em Astana, auspiciadas por Rússia, Turquia e Irã, é consolidar o cessar-fogo na Síria, anunciou nesta terça-feira o ministro das Relações Exteriores russo, Serguei Lavrov.
"Um dos objetivos do encontro de Astana é, acima de tudo, evidentemente, consolidar o regime de cessar-fogo", declarou Lavrov em uma coletiva de imprensa.
"E depois iniciar a participação dos chefes dos combatentes no processo político", acrescentou o ministro.
Rússia e Irã, aliados de Damasco, e Turquia, que apoia grupos rebeldes sírios, anunciaram no dia 29 de dezembro um cessar-fogo na Síria e convocaram para 23 de janeiro negociações em Astana, capital do Cazaquistão, em busca de uma solução à guerra na Síria.
"Estimamos que os chefes dos combatentes em terras devem participar (no processo político) e não se deve limitar a lista aos grupos que assinaram no dia 29 de dezembro" o acordo de cessar-fogo, acrescentou Lavrov. "Os que querem se unir devem poder fazê-lo".
Os principais grupos insurgentes, sobretudo o Jaish al Islam, anunciaram sua participação nas negociações.
O Alto Comitê das Negociações (HCN), que reúne grande parte da oposição síria, anunciou que apoiava o encontro.
Moscou está elaborando a lista dos participantes. Até o momento, sabe-se que haverá representantes de Rússia, Irã e Turquia, que apadrinham o processo, e emissários de Damasco, assim como dos grupos rebeldes e da ONU.
Lavrov considera justo convidar a Astana representantes do novo governo de Donald Trump, que tomará posse como presidente dos Estados Unidos nesta sexta-feira.