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Rússia detém suposto agente da CIA

Os serviços secretos russos entregaram o suposto agente à embaixada de Washington em Moscou


	Sede do Serviço de Segurança Federal da Rússia: o incidente ocorre no âmbito de tensões entre os dois países pela guerra civil na Síria
 (Maxim Marmur/AFP)

Sede do Serviço de Segurança Federal da Rússia: o incidente ocorre no âmbito de tensões entre os dois países pela guerra civil na Síria (Maxim Marmur/AFP)

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Da Redação

Publicado em 14 de maio de 2013 às 12h33.

Moscou - Os serviços secretos russos prenderam um suposto agente americano da CIA e o entregaram à embaixada dos Estados Unidos em Moscou, informou nesta terça-feira o Serviço de Segurança Federal da Rússia (FSB, ex-KGB), citado por agências locais.

O agente, identificado como Ryan C. Fogle, que, segundo as autoridades russas trabalhava incógnito em seu posto de terceiro secretário da embaixada, carregava quando foi detido na segunda-feira "material técnico e instruções escritas para recrutar um cidadão russo", segundo as agências.

Pouco depois da detenção deste suposto agente da CIA, o ministério das Relações Exteriores russo informou que convocou para quarta-feira o embaixador americano Michael McFaul. "O embaixador americano foi convocado para amanhã (quarta-feira) no ministério", afirmou à AFP uma porta-voz do ministério.

Segundo o FSB, Fogle transportava "uma grande soma de dinheiro e material para mudar a aparência de uma pessoa".

"Os serviços de inteligência dos Estados Unidos tentaram em várias ocasiões recrutar integrantes das forças de segurança e dos serviços especiais russos", acrescentou.


Fotos publicadas pela televisão pública russa em inglês mostram um documento intitulado "instruções impressas para os cidadãos russos que forem recrutados".

"Estimado Amigo: Isto é um adiantamento de alguém que está impressionado por seu profissionalismo e que valorizaria muito que você cooperasse conosco no futuro", indica o suposto documento utilizado por Fogle.

Segundo este documento, o governo americano estaria disposto a pagar 100.000 dólares no ato. "Além disso, oferecemos até um milhão por ano por cooperação no longo prazo", afirma.

O incidente ocorre no âmbito de tensões entre os dois países pela guerra civil na Síria e pelas denúncias dos Estados Unidos, que condenam a repressão das vozes dissidentes do governo do presidente Vladimir Putin.

*Matéria atualizada às 12h33

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