Mundo

Rússia desdobrou tropas na Ucrânia, diz Poroshenko

Petro Poroshenko, presidente ucraniano, denunciou o desdobramento de tropas russas na Ucrânia


	Petro Poroshenko: Poroshenko decidiu cancelar sua visita à Turquia
 (David Mdzinarishvili/Reuters)

Petro Poroshenko: Poroshenko decidiu cancelar sua visita à Turquia (David Mdzinarishvili/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 28 de agosto de 2014 às 08h34.

Kiev - O presidente ucraniano, Petro Poroshenko, denunciou nesta quinta-feira "o desdobramento de tropas russas na Ucrânia", motivo pelo qual propôs reuniões urgentes do Conselho de Segurança da ONU e do Conselho da União Europeia.

"O mundo deve fazer uma avaliação sobre o repentino agravamento da situação na Ucrânia", disse Poroshenko, que convocou uma sessão extraordinária do Conselho de Segurança Nacional e Defesa do país.

Poroshenko também decidiu cancelar sua visita à Turquia devido à intensificação dos combates na região de Donetsk, principal praça forte dos rebeldes pró-Rússia.

"O lugar do presidente é agora Kiev", disse, citado pela assessoria de imprensa da presidência ucraniana.

Pouco antes, o primeiro-ministro, Arseni Yatseniuk, denunciou que "a Rússia aumentou substancialmente sua presença militar na Ucrânia".

Yatseniuk vinculou diretamente o desdobramento de tropas russas com a bem-sucedida contra-ofensiva lançada nos últimos dois dias pelos separatistas pró-Rússia no leste do país e a detenção, há dois dias, de dez soldados russos em território ucraniano.

"É preciso congelar os ativos e os recursos financeiros (de Moscou) até que a Rússia retire suas forças armadas e armamento do território da Ucrânia", reivindicou.

Também o embaixador dos Estados Unidos em Kiev, Geoffrey Pyatt, denunciou hoje a crescente intervenção direta de tropas russas no conflito armado na Ucrânia.

"Um número cada vez maior de tropas russas está diretamente envolvido em ações militares em território da Ucrânia. A Rússia enviou sistemas de defesa antiaérea de última geração para o leste da Ucrânia", escreveu o alto diplomata americano em seu Twitter.

O ministro das Relações Exteriores ucraniano, Pavlo Klimkin, assegurou: "Agora estamos em contato com todos os nossos amigos".

"Literalmente, a Ucrânia é hoje sua principal prioridade. Os mecanismos de reação estão em fase de discussão", escreveu no Twitter.

Além disso, o embaixador da Ucrânia na UE, Konstantin Yeliseyev, assegurou que "a solidariedade deve ser absoluta e inquestionável, deve se materializar em grandes sanções e um amplo apoio técnico e militar à Ucrânia a fim de deter o agressor".

Os combates entre os dois grupos no leste da Ucrânia se recrudesceram desde a cúpula de terça-feira em Minsk, na qual Poroshenko se reuniu pela primeira vez sem intermediários com o líder russo, Vladimir Putin.

O comando militar ucraniano reconheceu hoje que perdeu o controle sobre a cidade de Novoazovsk (o mar de Azov), cidade muito próxima à Rússia e a Mariupol, a segunda cidade mais importante da região de Donetsk.

Segundo a imprensa, os rebeldes pró-Rússia tentam abrir uma terceira frente no leste da Ucrânia que se soma a de Donetsk e Lugansk.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaConselho de Segurança da ONUCrise políticaEuropaRússiaUcrânia

Mais de Mundo

Votação antecipada para eleições presidenciais nos EUA começa em três estados do país

ONU repreende 'objetos inofensivos' sendo usados como explosivos após ataque no Líbano

EUA diz que guerra entre Israel e Hezbollah ainda pode ser evitada

Kamala Harris diz que tem arma de fogo e que quem invadir sua casa será baleado