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Rússia derruba 251 drones ucranianos em operação noturna de defesa aérea

Maior número de drones abatidos desde o início do conflito provoca danos em refinaria e cortes de energia na Rússia

Agência o Globo
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Publicado em 6 de outubro de 2025 às 10h40.

O Ministério da Defesa da Rússia afirmou, nesta segunda-feira, ter derrubado 251 drones ucranianos durante a noite, uma das cifras mais altas desde o início do conflito em fevereiro de 2022.

As forças russas informaram ter abatido 40 drones sobre a Crimeia — península anexada por Moscou em 2014 —, 62 sobre o mar Negro e cinco sobre o mar de Azov, segundo comunicado do ministério.

“Na noite passada, os sistemas de alerta de defesa antiaérea interceptaram e destruíram 251 veículos aéreos não tripulados de asa fixa ucranianos”, afirmou a pasta em publicação no Telegram.

Na região de Tuapse, uma estação balneária russa às margens do mar Negro, drones atingiram uma refinaria de petróleo, provocando um incêndio que deixou duas pessoas feridas, de acordo com os serviços de emergência locais. Em Belgorod, região fronteiriça com a Ucrânia, 5,4 mil moradores seguem sem eletricidade após ataques com mísseis e drones registrados no domingo e novamente durante a noite, informou o governador regional, Viacheslav Gladkov.

Resposta da Ucrânia

Do outro lado, a Ucrânia afirmou que a Rússia lançou 116 drones durante a madrugada. Um alvo de infraestrutura energética foi atingido na região de Chernígov, e uma mulher morreu na região de Kherson, segundo autoridades locais.

Desde o início da ofensiva russa, Moscou tem lançado quase diariamente drones e mísseis contra a Ucrânia, que responde com ataques a território russo, especialmente contra refinarias e outras instalações energéticas. Nos últimos dias, a Rússia intensificou os bombardeios contra a rede elétrica ucraniana, alimentando temores de uma nova campanha destinada a mergulhar o país na escuridão com a chegada do inverno, como ocorreu em 2024.

Controle territorial

De acordo com análise da AFP baseada em dados do Instituto Americano para o Estudo da Guerra (ISW), em parceria com o Critical Threats Project (CTP), Moscou controlava total ou parcialmente 19% do território ucraniano no fim de setembro. Antes da ofensiva de 2022, cerca de 7% do território — incluindo a Crimeia e partes da região industrial de Donbass — já estavam sob controle russo.

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