Países do G7 pede a investigação do caso Navalny (Vladimir Gerdo/Getty Images)
AFP
Publicado em 9 de setembro de 2020 às 06h24.
A Rússia denunciou nesta quarta-feira (9) uma "campanha de desinformação" com o objetivo de impor novas sanções ao país, um dia depois de um pedido dos países do G7 para que os autores do envenenamento do opositor Alexei Navalny sejam investigados e processados com "urgência".
"A grande campanha de desinformação em curso é a prova evidente de que seus iniciadores não se preocupam com a saúde de Navalny e buscam uma mobilização para impor sanções", afirmou a diplomacia russa em um comunicado.
Os ministros das Relações Exteriores da Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido afirmaram na terça-feira em um comunicado que estão "unidos na condenação, nos termos mais fortes, do envenenamento confirmado" de Navalny. A União Europeia (UE) mencionou possíveis sanções.
Navalny, de 44 anos e principal opositor ao Kremlin, está hospitalizado em Berlim depois de uma transferência da Sibéria, na Rússia. De acordo com o governo alemão, as análises de um laboratório mostram que ele foi envenenado com um agente neurotóxico do tipo Novichok.
"Continuamos pedindo com insistência que a Alemanha entregue a informação sobre o exame médico de Navalny, incluindo os resultados das análises bioquímicas", afirma o comunicado divulgado pela diplomacia russa, que denuncia "ataques infundados contra" Moscou.
"Lamentavelmente, a parte alemã está freando o processo. A histeria a respeito do assunto não para de aumentar", completa a nota oficial.