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Rússia denuncia campanha para expulsá-la do esporte mundial

Comitê Olímpico Internacional (COI) de excluir a Rússia dos Jogos Olímpicos de Inverno de PyeongChang, em 2018

Vladimir Putin: Rússia considera que os inimigos do país lançaram uma "ofensiva em grande escala" (REUTERS/Alexander Demianchuk/Reuters)

Vladimir Putin: Rússia considera que os inimigos do país lançaram uma "ofensiva em grande escala" (REUTERS/Alexander Demianchuk/Reuters)

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EFE

Publicado em 6 de dezembro de 2017 às 11h39.

Moscou - A Chancelaria russa afirmou nesta quarta-feira que a decisão do Comitê Olímpico Internacional (COI) de excluir a Rússia dos Jogos Olímpicos de Inverno de PyeongChang, em 2018, faz parte de uma campanha para expulsar o país do esporte mundial.

"Esta é uma campanha informativa que começou antes dos Jogos Olímpicos de Sochi (2014). Mas deixou de ser apenas informativa, e se tornou uma campanha para a direta expulsão da Rússia do esporte mundial", afirmou Maria Zakharova, porta-voz do Ministério de Relações Exteriores russo, em entrevista coletiva.

A Rússia considera que os inimigos do país lançaram uma "ofensiva em grande escala" tanto na esfera política como nos veículos de imprensa e no esporte.

A diplomata denunciou o uso de "mecanismos de pressão política" para que o COI punisse a Rússia pelo programa doping de Estado em Sochi.

"Observe que uma grande quantidade de atletas de diferentes países foram desclassificados por doping, inclusive nos Jogos Olímpicos. Por acaso houve uma decisão similar por parte dos organismos olímpicos? Não houve nada disso", afirmou.

Zakharova também criticou a decisão do COI de realizar em PyeongChang cerimônias especiais para os atletas que receberão as medalhas dos russos suspensos por terem consumido substâncias proibidas em Sochi.

A cúpula do COI se posicionou na terça-feira a respeito das denúncias sobre a existência de um programa estatal de encobrimento de positivos nos Jogos de Sochi, mas não optou por uma punição coletiva que causasse um escândalo de grandes proporções.

A entidade condenou os atletas russos a competirem individualmente e sob bandeira neutra, o que a Rússia considerou uma "humilhação".

Após a notícia, alguns políticos russos pediram um boicote aos Jogos, embora o presidente, Vladimir Putin, sempre se oponha a essa medida.

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