Destróier USS Porter de mísseis guiados durante operação de ataque aéreo no Mediterrâneo (Ford Williams/Courtesy U.S. Navy/Reuters)
EFE
Publicado em 7 de abril de 2017 às 07h21.
Última atualização em 7 de abril de 2017 às 07h26.
Moscou - O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse nesta quinta-feira que foi um pretexto inventado, o ataque dos Estados Unidos contra a base aérea de Shayrat, na Síria, e advertiu que a ação militar de Washington causará sérios danos nas relações russo-americanas.
"O presidente Putin considera os ataques americanos na Síria como uma agressão contra um Estado soberano e uma violação do direito internacional, pois fora um pretexto inventado", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.
O líder russo, acrescentou que, "vê nos ataques uma tentativa por parte dos EUA de desviar a atenção da comunidade internacional das muitas vítimas entre a população civil no Iraque", onde tropas americanas lideram uma operação militar contra o Estado Islâmico".
"Este movimento prejudica seriamente as relações russo-americanas, já por si maltratadas. E o mais importante, como considera Putin, é que não nos acerca do objetivo na luta contra o terrorismo internacional, mas ao contrário, cria um importante obstáculo para formar uma coalizão internacional antiterrorista", disse Peskov.
O Kremlin insistiu que "o Exército sírio não dispõe de arsenais de armas químicas, cuja destruição foi supervisionada e confirmada pela Organização para a Proibição de Armas Químicas".
"Além disso, Putin acredita que ignorar totalmente as evidências sobre o uso de armas químicas por parte dos terroristas não faz nada além de piorar a situação", afirmou o porta-voz.
Os EUA bombardearam na madrugada de hoje, por ordem do presidente Donald Trump, a base aérea de Shayrat como represália ao ataque com armas químicas que culminou com a morte de 80 civis na última terça-feira, a primeira agressão direta dos EUA desde que início da guerra civil na Síria.
As forças militares americanas lançaram hoje um total de 59 mísseis de cruzeiro, a partir de dois de seus navios militares localizados no Mediterrâneo, contra a base aérea de Shayrat, de onde a Casa Branca acredita que foi realizado o ataque químico na última terça.