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Rússia denuncia acusações sobre ciberatividades maliciosas

Nesta segunda-feira, os Estados Unidos e o Reino Unido denunciaram supostos ataques hackers praticados por russos contra administrações

Putin: o governo russo não sabe de onde as acusações partiram (Umit Bektas/Reuters)

Putin: o governo russo não sabe de onde as acusações partiram (Umit Bektas/Reuters)

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AFP

Publicado em 17 de abril de 2018 às 12h44.

O Kremlin denunciou nesta terça-feira as acusações feitas na véspera pelos Estados Unidos e Reino Unido sobre supostas ciberatividades maliciosas por parte da Rússia contra administrações infraestruturas cruciais.

"Não sabemos sobre que se baseiam essas novas acusações", declarou o porta-voz Dimitri Peskov.

"Nem nossos colegas americanos, nem nossos colegas britânicos se preocupam em procurar algum argumento, mesmo que fraco para dar apoio a essas acusações sem fundamento e injustificadas", lamentou.

Os Estados Unidos e a Grã-Bretanha divulgaram na segunda-feira uma rara advertência conjunta sobre uma "atividade cibernética maliciosa" do Estado russo visando administrações e infraestruturas.

"Os alvos dessa ciberatividade maliciosa são principalmente governos e organizações do setor privado, fornecedores de infraestruturas e provedores de serviços de Internet", anunciaram em comunicado conjunto o Centro Nacional de Segurança Cibernética britânico e o FBI americano.

As instituições advertiram todos os provedores de serviços de internet e os clientes privados a considerarem o alerta, depois que as agências do governo descobriram ataques contra dispositivos da internet. No entanto, não deram detalhes da data ou da proporção destas ações.

"O estado atual das redes americanas e britânicas, associada a uma campanha do governo russo para aproveitar estas redes, ameaça nossa segurança e nosso bem-estar econômico", ressalta o alerta.

A publicação do comunicado ocorre em um momento de alta tensão entre os dois países e a Rússia. Reino Unido e Estados Unidos lançaram no sábado, em conjunto com a França, bombardeios coordenados contra o regime sírio de Bashar al Assad, aliado de Moscou.

Além disso, soma-se o caso do envenenamento do ex-espião russo, Serguei Skripal, e sua filha, Yulia, em uma cidade inglesa, o que o Reino Unido atribui à Rússia.

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