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Rússia culpa oposição armada síria por atrasos em ajuda

Rússia responsabilizou a oposição armada síria de dificultar a promoção de ajuda humanitária à população civil


	Criança em meio à destruição na Síria: "problemas surgem sobretudo com a provisão de ajuda humanitária às regiões controladas pelos grupos armados", disse ministro russo
 (Thaer Al Khalidiya/Reuters)

Criança em meio à destruição na Síria: "problemas surgem sobretudo com a provisão de ajuda humanitária às regiões controladas pelos grupos armados", disse ministro russo (Thaer Al Khalidiya/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 6 de fevereiro de 2014 às 13h36.

Moscou - A Rússia responsabilizou nesta quinta-feira a oposição armada síria de dificultar a promoção de ajuda humanitária à população civil e denunciou tiroteios e saques a comboios internacionais.

"Os principais problemas surgem sobretudo com a provisão de ajuda humanitária às regiões controladas pelos grupos armados (da oposição), que dada a sua diversidade não entram em acordo, atiram nos comboios e sabotam de fato as provisões", disse o porta-voz da Chancelaria russa, Aleksandr Lukashévich.

O diplomata russo denunciou "casos em que a maior parte da ajuda humanitária foi saqueada para benefício dos próprios guerrilheiros e não chegou à população civil".

Lukashévich ressaltou que a oposição mais radical põe impedimentos às tentativas de iniciar um diálogo pacífico entre as partes em conflito.

"Não se pode esquecer que a provisão de ajuda humanitária à população civil é uma rua de duplo sentido. A responsabilidade pelas penúrias da população civil não recai apenas sobre o governo da República Árabe Síria, mas também sobre a oposição armada, que não hesita em usar cidadãos como escudos", apontou.

Por outro lado, Lukashévich reiterou a postura de Moscou sobre não ter motivos para pensar que a Síria descumprirá os prazos com os quais se comprometeu para a destruição de seu arsenal químico.

"As autoridades oficiais demonstram na prática total aderência a seus compromissos após unir-se em setembro passado à Convenção (internacional) para a proibição de armas químicas", ressaltou o diplomata russo.

Duas cargas de materiais químicos do arsenal da Síria já saíram do país desde o porto de Latakia em dois cargueiros comerciais, um dinamarquês e outro norueguês, escoltados por navios de guerra da Dinamarca e da Noruega e com apoio de navios russos e chineses.

O material tóxico será transportado ao porto italiano de Gioia Touro, onde por sua vez será recolhido pelo navio americano Cape Ray, equipado para destruir o arsenal químico sírio em alto-mar, que já se dirige ao Mediterrâneo.

O Cape Ray, equipado com um avançado sistema de hidrólise para neutralizar cerca de 700 toneladas de armas químicas, fará a sua destruição em um lugar não revelado em alto-mar.

A destruição do arsenal químico sírio foi estipulada pelos Estados Unidos e Rússia com o governo sírio de Bashar al Assad após um ataque com gás sarin no ano passado contra a população civil em Damasco, que levou a Washington a ameaçar com uma intervenção militar.

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