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Rússia critica comunidade internacional por pressionar Venezuela

O país lançou um comunicado expressando a expectativa de que a comunidade não prejudique o processo constituinte na Venezuela

Venezuela: a nova Assembleia Constituinte terá poderes ilimitados para redigir uma nova Carta Magna, mudar o ordenamento jurídico e reformar as instituições (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

Venezuela: a nova Assembleia Constituinte terá poderes ilimitados para redigir uma nova Carta Magna, mudar o ordenamento jurídico e reformar as instituições (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

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EFE

Publicado em 31 de julho de 2017 às 13h08.

Moscou - A Rússia pediu nesta segunda-feira que a comunidade internacional se contenha em seus planos "destrutivos" de pressionar à Venezuela após a votação da Assembleia Nacional Constituinte realizada ontem.

"Esperamos que aqueles membros da comunidade internacional que querem rejeitar os resultados das eleições venezuelanas e aumentar a pressão econômica sobre Caracas mostrem contenção e renunciem a estes planos destrutivos que podem aguçar a polarização da sociedade venezuelana", adverte um comunicado do Ministério de Relações Exteriores russo.

A nota acrescenta que "agora é importante evitar uma nova espiral da violência e a sua transformação em novas formas de enfrentamentos".

"É preciso criar as condições propicias, também externas, para que a Assembleia Constituinte possa assentar as bases de uma solução pacífica para as contradições que existem na sociedade venezuelana", ressalta a nota.

Moscou lamentou também que a oposição da Venezuela "tenha ignorado o convite a participar nas eleições" e "tenha tentado impedir sua realização provocando choques nos quais se produziram vítimas mortais".

A oposição venezuelana não reconheceu hoje o resultado da votação de domingo para a Assembleia Nacional Constituinte e questionou as cifras oficiais de participação que o Conselho Eleitoral deste país situa em um total de 8.089.230 pessoas.

A nova Assembleia Constituinte terá poderes ilimitados para redigir uma nova Carta Magna, mudar o ordenamento jurídico e reformar as instituições.

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