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Rússia construirá 8 reatores nucleares na África do Sul

Rússia e África do Sul assinaram um acordo para a construção de oito reatores nucleares no país africano


	Energia nuclear: empresa russa pretende concluir os trabalhos em 2030
 (Getty Images)

Energia nuclear: empresa russa pretende concluir os trabalhos em 2030 (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 23 de setembro de 2014 às 09h19.

Johanesburgo - Rússia e África do Sul assinaram um acordo para a construção de oito reatores nucleares no país africano por parte da empresa estatal russa de energia atômica, Rosatom, que pretende concluir os trabalhos em 2030.

O pacto foi assinado ontem em Viena - onde aconteceu uma reunião do Agência Internacional para a Energia Atômica (AIEA) - pela ministra de Energia sul-africana, Tina Joemat-Petterson, e o diretor-geral da Rosatom, Serguei Kirienko, segundo detalhou nesta terça-feira o jornal sul-africano "Bussiness Day".

A construção de cada reator custará US$ 5 bilhões, o que eleva o montante total do acordo a entre US$ 40 bilhões e US$ 50 bilhões, segundo estimativas da imprensa sul-africana.

Com a assinatura deste compromisso, a Rússia se impõe a países como França, Estados Unidos, Japão, China e Coreia do Sul na luta por dominar o mercado nuclear sul-africano.

África do Sul e Rússia mantêm estreitas relações comerciais e políticas como membros do grupo das principais cinco economias emergentes, o Brics (junto com Brasil, Índia e China).

Os reatores que a Rússia construirá na África do Sul serão os primeiros desenvolvidos com tecnologia russa no continente africano, informou a Rosatom no comunicado que anunciava o acordo.

Com o projeto, a África do Sul busca reduzir sua dependência do carvão, com o qual a empresa nacional, Eskom, produz 80% da energia elétrica, e pôr fim aos problemas de provisão do país, que conta atualmente com apenas uma usina nuclear.

O silêncio do governo de Pretória, que não confirmou publicamente o acordo, provocou críticas na África do Sul.

O presidente do país, Jacob Zuma, visitou a Rússia no mês passado, em uma viagem oficial que pretendia fortalecer as "relações comerciais" entre os dois países.

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