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Rússia condiciona cessar-fogo à retirada da Ucrânia das regiões anexadas

Militares ucranianos devem retirar-se para uma distância da fronteira russa acordada pelas partes

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 2 de junho de 2025 às 15h11.

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O memorando entregue nesta segunda-feira, 2, pela equipe de negociação russa à sua contraparte ucraniana condiciona o cessar-fogo na Ucrânia à retirada do exército ucraniano das quatro regiões anexadas pela Rússia até 2022, de acordo com a EFE.

"Condições de cessar-fogo. Opção 1. Início da retirada completa do exército ucraniano dos territórios russos, incluindo as Repúblicas Populares de Donetsk e Luhansk, as regiões de Zaporizhia e Kherson", diz o memorando, citado pela agência de notícias Interfax.

De acordo com esta opção, os militares ucranianos devem "retirar-se para uma distância da fronteira russa acordada pelas partes".

Como alternativa, a Rússia propôs uma segunda opção, que implica "a proibição de movimentos do exército ucraniano (...) com exceção daqueles que visam a retirada para uma distância da fronteira russa acordada pelas partes".

Exige também "a cessação da mobilização ucraniana" e o início da desmobilização de suas forças.

Esta segunda opção inclui "a cessação do fornecimento estrangeiro de equipamento militar e da ajuda militar estrangeira à Ucrânia, incluindo serviços de comunicação via satélite e informações de inteligência".

Além disso, a segunda opção exige "garantias de cessação da sabotagem e subversão da Ucrânia contra a Rússia e seus cidadãos" e "a criação de um centro bilateral para monitorar e controlar o regime de cessar-fogo".

Todas essas propostas já haviam sido apresentadas pelo presidente russo, Vladimir Putin, em reunião com a liderança do Ministério das Relações Exteriores da Rússia e rejeitadas pela Ucrânia, que as considera inaceitáveis.

O memorando, entregue hoje à Ucrânia, também insiste na "anistia mútua para presos políticos e na libertação de civis detidos" e na "abolição do estado de guerra na Ucrânia".

A Rússia também exigiu "o anúncio de uma data para as eleições para a presidência ucraniana e para a Verkhovna Rada (parlamento), que devem ocorrer no máximo 100 dias após a abolição do estado de guerra".

Anteriormente, o negociador-chefe russo, Vladimir Medinsky, relatou em uma coletiva de imprensa em Istambul, após a segunda rodada de negociações diretas, que os documentos apresentados continham propostas russas para alcançar um cessar-fogo e uma paz abrangente de longo prazo.

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