Mundo

Rússia condena principal opositor de Putin por desvio de fundos

Alexei Navalny, que fez da luta contra a corrupção sua bandeira política, pode ver prejudicada sua candidatura presidencial nas eleições de 2018

Alexei Navalny: o político assegura que o processo tem sido um complô do Kremlin, e nega qualquer irregularidade (Tatyana Makeyeva/Reuters)

Alexei Navalny: o político assegura que o processo tem sido um complô do Kremlin, e nega qualquer irregularidade (Tatyana Makeyeva/Reuters)

A

AFP

Publicado em 3 de maio de 2017 às 13h03.

Um tribunal russo confirmou nesta quarta-feira a sentença de cinco anos de prisão contra o principal opositor do regime de Vladimir Putin, Alexei Navalny, por desvio de fundos, o que poderia bloquear sua candidatura para a eleição presidencial de 2018.

O tribunal regional de Kirov, 900 km a leste de Moscou, negou o recurso de Navalny, que em fevereiro foi condenado por apropriação indébita em 2009 de 400.000 euros de uma empresa estatal de exploração florestal, na época em que era consultor do governo liberal da região.

O blogueiro e opositor, que fez da luta contra a corrupção sua bandeira política, pode ver prejudicada sua candidatura presidencial nas eleições da primavera (boreal) de 2018.

"Um cidadão russo não tem o direito de participar nas eleições se tiver sido condenado à prisão por atos graves, e que sua sentença não tenha sido totalmente cumprida no dia da votação", declarou à agência de notícias TASS uma autoridade da comissão eleitoral, Maia Grichin.

Esta nova sentença "não tem nenhum impacto" sobre a candidatura de Alexei Navalny, assegurou por sua vez no Facebook seu braço direito, Leonid Volkov.

Navalny assegura que o processo tem sido um complô do Kremlin, e nega qualquer irregularidade.

Acompanhe tudo sobre:CorrupçãoOposição políticaRússiaVladimir Putin

Mais de Mundo

Putin sanciona lei que anula dívidas de quem assinar contrato com o Exército

Eleições no Uruguai: Mujica vira 'principal estrategista' da campanha da esquerda

Israel deixa 19 mortos em novo bombardeio no centro de Beirute

Chefe da Otan se reuniu com Donald Trump nos EUA