Moscou - Um tribunal de Moscou condenou nesta segunda-feira a penas de até quatro anos de prisão sete ativistas que participaram de uma violenta manifestação contra o presidente russo, Vladimir Putin, em 2012.

Diante do tribunal, mais de 200 pessoas foram detidas por "tentativa de perturbar a ordem pública", anunciou a polícia moscovita.

Centenas de pessoas estavam reunidas diante do tribunal para apoiar os condenados.

O tribunal anunciou penas que vão de dois anos e seis meses a quatro anos de prisão.

Uma oitava opositora, a única mulher julgada, foi condenada a três anos e três meses de prisão, mas com suspensão condicional da pena.

A promotoria havia solicitado entre e cinco e seis anos de prisão.

Um dos advogados de defesa, Dmitri Agranovski, considerou as sentenças de "severas e inapropriadas".

"Estão baseadas na situação política e não na natureza das acusações", disse.

Na sexta-feira, o tribunal considerou culpados os oito manifestantes, acusados de atos violentos em uma manifestação antes da posse de Putin em 2012.

As oito pessoas eram acusadas de participação em "distúrbios em massa" e de "violência contra as forças de segurança", em um protesto em 6 de maio de 2012 contra a posse de Putin, um dia depois, para um terceiro mandato presidencial.

O tribunal adiou o anúncio da sentenças para segunda-feira. A oposição disse que o governo procurava evitar dar publicidade ao caso durante a cerimônia de encerramento dos Jogos Olímpicos de Inverno de Sochi.