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Rússia concorda com Trump sobre perigo da tensão entre países

Presidente americano advertiu ontem que a relação com a Rússia "está em um dos seus níveis mais baixos e é muito perigosa"

Dmitry Peskov: "o perigo radica na falta de interação e cooperação naqueles assuntos que são vitais para os dois países" (Sergei Karpukhin/Reuters)

Dmitry Peskov: "o perigo radica na falta de interação e cooperação naqueles assuntos que são vitais para os dois países" (Sergei Karpukhin/Reuters)

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EFE

Publicado em 4 de agosto de 2017 às 11h09.

Moscou - O Kremlin concordou nesta sexta-feira com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre o perigo que representa a ausência de cooperação entre ambos países após o novo rodízio de sanções adotadas por Washington contra Moscou.

"Compartilhamos plenamente sua opinião. O perigo radica na falta de interação e cooperação naqueles assuntos que são vitais para os dois países", disse Dmitri Peskov, porta-voz do Kremlin, à imprensa.

Além disso, o porta-voz voltou a tachar o denominado "Russiangate" de "completamente absurdo e infundado".

O Kremlin tinha instado Trump a posicionar-se a respeito após chamar a atenção sobre as "contradições" no seio da Casa Branca nas relações com a Rússia.

Trump advertiu ontem que a relação com a Rússia "está em um dos seus níveis mais baixos e é muito perigosa" e culpou o Congresso por isso, ao aprovar uma lei de sanções contra Moscou, que o Kremlin qualificou de "míope".

Tal lei reforça as sanções contra a Rússia por sua suposta interferência nas eleições de 2016 nos EUA, suas ações na Ucrânia e na Síria, e suas violações de direitos humanos, e limita a capacidade de Trump de suspendê-las sem autorização do Congresso.

Em resposta, o Ministério de Relações Exteriores russo ordenou na semana passada que o governo americano reduza, a partir do 1º de setembro, em 755 pessoas a força de trabalho de sua embaixada em Moscou e nos consulados de São Petersburgo e outras cidades.

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