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Rússia classifica como "encenação" ataque químico na Síria

Segundo um porta-voz, há provas de que um "Estado atualmente em primeira linha de uma campanha russófoba participou" do ataque da semana passada

Ataques na Síria: o Exército russo acusou os capacetes brancos de terem "encenado diante das câmeras um ataque químico contra civis" (Bassam Khabieh/Reuters)

Ataques na Síria: o Exército russo acusou os capacetes brancos de terem "encenado diante das câmeras um ataque químico contra civis" (Bassam Khabieh/Reuters)

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AFP

Publicado em 13 de abril de 2018 às 10h16.

O ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, classificou de "encenação", nesta sexta-feira (13), o suposto ataque químico ocorrido na semana passada na Síria, da qual participaram "os serviços especiais de um Estado", o qual não cita, mas chama de "russófobo".

"Dispomos de provas irrefutáveis de que se tratou de uma nova encenação e de que os serviços especiais de um Estado atualmente em primeira linha de uma campanha russófoba participaram" dela, declarou Lavrov em entrevista coletiva.

Segundo os capacetes brancos sírios, os socorristas em zonas rebeldes, e a ONG Syrian American Medical Society, dezenas de pessoas foram mortas em 7 de abril em Duma em um ataque com "gás tóxico", atribuído por países ocidentais ao governo Bashar al-Assad. Damasco nega qualquer envolvimento.

Na quarta-feira (11), o Exército russo acusou os capacetes brancos de terem "encenado diante das câmeras um ataque químico contra civis".

Donald Trump e vários de seus aliados ocidentais ameaçaram lançar ataques para punir Damasco.

Nesta sexta, Lavrov pediu a Washington que use com Moscou "métodos diplomáticos, que não incluam ultimatos e ameaças".

Advertindo contra uma intervenção militar e um cenário similar na Líbia e no Iraque, o chanceler russo lembrou que "mesmo excessos insignificantes provocarão novas ondas de migrantes na Europa e outros acontecimentos, de que nós, nem nossos parceiros europeus, temos necessidade".

Em uma alusão direta aos Estados Unidos, afirmou que essa onda migratória pode "alegrar aqueles que estão protegidos por um oceano" e que vão usar esse processo, segundo ele, para "continuar a dividir essa região para seus projetos geopolíticos".

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