Mundo

Rússia: Caso Skripal é uma provocação grotesca do Reino Unido e dos EUA

A guerra de braço entre russos e outras nacionalidades se arrasta há semanas, após um ex-espião russo ter sido envenenado em uma cidade inglesa

O presidente da Rússia, Vladimir Putin (Alexei Druzhinin/Reuters)

O presidente da Rússia, Vladimir Putin (Alexei Druzhinin/Reuters)

A

AFP

Publicado em 4 de abril de 2018 às 08h51.

O diretor do serviço de inteligência externa da Rússia, Serguei Naryshkin, chamou o caso Skripal de "provocação grotesca" dos serviços especiais britânicos e americanos.

"Mesmo na questão da provocação grotesca do caso Skripal, fabricado de forma grosseira pelos serviços de segurança do Reino Unido e Estados Unidos, parte dos países europeus não se apressam em seguir cegamente Londres e Washington, e preferem compreender o que aconteceu", declarou Serguei Naryshkin em uma conferência internacional sobre a segurança organizada em Moscou.

Naryshkin também pediu a "retomada do diálogo saudável" entre Moscou e os ocidentais no caso do ex-espião envenenado na Inglaterra, para evitar uma nova crise dos mísseis de Cuba.

"É necessário acabar com este jogo irresponsável que consiste em seguir aumentando as apostas e renunciar ao uso da força nas relações internacionais, para não levar a situação a uma segunda crise dos mísseis de Cuba", declarou Naryshkin.

"A comunidade internacional deve retornar a um diálogo saudável", insistiu.

O Reino Unido apontou a Rússia como responsável pelo ataque cometido no início de março em Salisbury, sul da Inglaterra, para envenenar com um agente neurotóxico Serguei Skirpal, ex-agente duplo que trabalhou para o serviço secreto britânico, e sua filha Yulia.

Moscou nega as acusações, que provocaram a crise diplomática mais grave entre Ocidente e Oriente desde a Guerra Fria e a expulsão de quase 300 diplomatas das duas partes.

Acompanhe tudo sobre:Estados Unidos (EUA)Reino UnidoRússiaCrise políticaDiplomaciaVladimir Putin

Mais de Mundo

Rússia atinge sede do governo da Ucrânia no maior bombardeio da guerra

Urnas abrem na província de Buenos Aires para eleições legislativas com impacto nacional

Milhares de fiéis celebram a canonização do primeiro santo millennial no Vaticano

Trump intensifica retórica repressiva com ameaça de 'guerra' em Chicago