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Rússia ataca várias bases militares na Ucrânia, que contra-ataca no sul

Pelo menos cinco pessoas morreram e 25 ficaram feridas

A Ucrânia "não vai desistir e não vai baixar os braços", garantiu o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky (Anadolu Agency/Getty Images)

A Ucrânia "não vai desistir e não vai baixar os braços", garantiu o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky (Anadolu Agency/Getty Images)

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AFP

Publicado em 28 de julho de 2022 às 15h36.

A Rússia lançou nesta quinta-feira (28) vários ataques a infraestruturas militares e edifícios residenciais na Ucrânia, cujas forças tentam retomar o território ocupado por Moscou em uma contra-ofensiva no sul.

Pelo menos cinco pessoas morreram, e 25 ficaram feridas após um bombardeio russo em Kropivnitskyi, cerca de 300 quilômetros ao sul de Kiev, no centro da Ucrânia, informou o governador regional Andriy Raikovitch.

Citado pela agência Interfax-Ucrânia, Raikovitch disse que havia 12 soldados entre os feridos e que os bombardeios destruíram "equipamentos aeronáuticos", um avião civil An-26 e aeronaves de treinamento, além de prédios vizinhos.

Horas antes, a Ucrânia informou que a Rússia havia destruído parcialmente uma base militar em Liutij, cerca de 30 km ao norte da capital ucraniana.

Os mísseis, um dos quais foi derrubado pela força aérea ucraniana, foram lançados da península da Crimeia, anexada pela Rússia em 2014, informou Oleksiy Gromov, um oficial militar ucraniano.

Além disso, a Rússia também bombardeou a região de Chernihiv, no nordeste da Ucrânia, com vários foguetes. Segundo Gromov, o ataque foi lançado do vizinho Belarus, aliado da Rússia.

A Ucrânia "não vai desistir e não vai baixar os braços", garantiu o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, no Telegram.

Na região ocupada de Kherson, no sul do país, as tropas ucranianas realizam uma contra-ofensiva para recuperar o território perdido após cinco meses de um conflito que deixou milhares de mortos e milhões de deslocados, segundo a ONU.

Terror dos mísseis

"É uma manhã agitada. Mais uma vez, temos o terror dos mísseis", acrescentou Zelensky.

Pelo menos uma pessoa foi morta e duas ficaram feridas em um ataque na região central de Dnipro, segundo o governador Valentin Reznichenko.

No nordeste, dois ataques com mísseis S-300 atingiram a segunda maior cidade da Ucrânia, Kharkiv, nas primeiras horas do dia.

"Você está seguro apenas em abrigos e no metrô. Mas isso é tudo", lamentou seu prefeito, Igor Terekhov, em entrevista à AFP.

A cidade, a poucos quilômetros da fronteira russa, sofre intensos bombardeios, embora os russos nunca tenham conseguido ocupá-la.

Depois de não conseguir tomar a capital no final de março, as forças russas concentraram sua ofensiva no sul e no leste da Ucrânia, embora continuem bombardeando outras partes do território.

Na província de Donetsk, que junto com Lugansk compõe a região do Donbass (leste), as tropas de Moscou continuam avançando perto de Siversk e Bakhmut.

E, em Toretsk, um bombardeio russo deixou duas pessoas mortas e três pessoas puderam ser resgatadas dos escombros, disseram serviços de emergência locais.

A região, que a Rússia busca conquistar completamente, é parcialmente controlada por separatistas pró-russos desde 2014.

Mais ao sul, em Mykolaiv, perto do Mar Negro, outro bombardeio "massivo" destruiu uma escola e feriu pelo menos uma pessoa, segundo o governador regional Vitaliy Kim.

A cidade fica a menos de 100 quilômetros de Kherson, cidade cuja região homônima caiu nas mãos dos russos logo após a invasão em 24 de fevereiro.

A área é estrategicamente crítica, pois faz fronteira com a península da Crimeia.

Nas últimas semanas, os militares ucranianos, apoiados por artilharia de longo alcance fornecida pelas potências ocidentais, recuperaram terreno.

Três vilarejos foram retomados nas últimas duas semanas, disse o oficial militar ucraniano Gromov.

No dia anterior, as autoridades de ocupação denunciaram que um ataque ucraniano havia atingido a ponte Antonovski sobre o rio Dnieper, fundamental para abastecer as tropas de Moscou.

Tanto em Kherson quanto na vizinha Zaporizhzhia, as forças de ocupação disseram ter prendido 21 "cúmplices" do Exército ucraniano.

De acordo com uma fonte militar citada pela agência estatal de notícias Ria Novosti, os serviços de segurança russos também teriam desmantelado um grupo de agentes ucranianos em Kherson, que prestavam informações ao Exército ucraniano sobre os movimentos das tropas russas.

Desde o início da invasão, os dois países fizeram várias trocas de prisioneiros.

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