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Rússia ataca terminais da Viterra e da Bunge na Ucrânia

A Viterra, que tem entre seus acionistas a gigante de commodities Glencore, disse que não houve vítimas

Um ativista pró-Rússia segura uma bandeira russa atrás de um militar armado no topo de um veículo do exército russo, próximo a um posto de controle de fronteira na cidade de Balaclava, na Crimeia (Baz Ratner/Reuters)

Um ativista pró-Rússia segura uma bandeira russa atrás de um militar armado no topo de um veículo do exército russo, próximo a um posto de controle de fronteira na cidade de Balaclava, na Crimeia (Baz Ratner/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 23 de junho de 2022 às 10h35.

Forças russas atacaram na quarta-feira, 22, pelo menos dois grandes terminais de grãos de propriedade norte-americana no porto ucraniano de Mykolaiv. A empresa canadense Viterra e a trading de grãos Bunge, dos Estados Unidos, disseram que tiveram um terminal de grãos atingido. A Viterra, que tem entre seus acionistas a gigante de commodities Glencore, disse que não houve vítimas, embora um funcionário tenha sido tratado para queimaduras. A Bunge disse que não houve vítimas em sua instalação, que está fechada desde o início da invasão russa.

A Rússia atingiu várias vezes a ponte que agricultores e traders ucranianos dizem usar para levar grãos para a fronteira com a Romênia e o porto de Constanta. Uma grande unidade de processamento de óleo de girassol e outros terminais de grãos também foram atingidos. O ataque desta quarta-feira é o segundo contra uma instalação da Bunge.

Os portos que ainda estão sob controle ucraniano são bombardeados constantemente, disse Rustem Umerov, membro da equipe de negociação da Ucrânia com a Rússia.

Os ataques à infraestrutura de exportação ucraniana ocorrem num momento em que a Rússia diz estar considerando um acordo apoiado pelas Nações Unidas para retirar os grãos atualmente retidos nos portos ucranianos. Diplomatas turcos e da ONU estão discutindo uma proposta para escoltar cargueiros por uma passagem segura entre as minas defensivas que protegem os portos do Mar Negro.

A AgResource, no entanto, está cética quanto a um acordo para liberação dos grãos ucranianos. "A guerra na Ucrânia continua, principalmente no leste, e as chances de que um corredor de exportação humanitária seja criado neste verão permanecem próximas de zero", disse a consultoria.

A invasão russa deixou cerca de 18 milhões de toneladas de grãos retidos na Ucrânia, aumentando os temores de uma crise alimentar global.

A Rússia negou anteriormente acusações de que Moscou estaria prejudicando as exportações de trigo ucraniano.

Para autoridades da União Europeia, os relatos de ataques a terminais de grãos lançam dúvidas sobre essas alegações russas.

fonte: Estadão Conteudo

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