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Rússia afirma que bombardeou reunião do Exército ucraniano em Sumy no domingo

Ataque com mísseis balísticos deixou pelo menos 35 mortos no centro da cidade ucraniana

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Publicado em 14 de abril de 2025 às 17h52.

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A Rússia afirmou nesta segunda-feira, 14, que bombardeou uma reunião do Exército ucraniano em Sumy no domingo e acusou Kiev de usar civis como "escudo humano" após o ataque, um dos mais sangrentos desde o início do conflito.

O bombardeio com mísseis balísticos deixou pelo menos 35 mortos no centro da cidade ucraniana, segundo as autoridades locais, em pleno Domingo de Ramos, data importante no calendário cristão.

O Ministério da Defesa afirmou em um comunicado nesta segunda-feira que suas tropas lançaram dois mísseis Iskander contra uma "reunião de comando" do Exército ucraniano em Sumy, no nordeste do país.

Kiev "continua usando a população ucraniana como escudo humano, ao colocar instalações militares ou organizar eventos com participação militar no centro de uma cidade densamente povoada", acrescentou.

A acusação russa parece indicar que Moscou reconhece que o bombardeio matou civis, embora não de forma totalmente clara.

A Rússia costuma negar veementemente que bombardeia infraestruturas civis na Ucrânia, mas várias cidades foram destruídas desde o início da invasão russa em fevereiro de 2022.

Nesta segunda-feira, os serviços de emergência continuavam retirando os escombros de um edifício universitário destruído em Sumy, enquanto pessoas depositavam flores, observaram jornalistas da AFP.

Os moradores do oblast (região administrativa), que faz fronteira com o oblast russo de Kursk, já se habituaram aos bombardeios, conta Tetiana, uma professora da educação infantil.

"Mas quando estas tragédias acontecem, é impossível se acostumar", afirmou a mulher de 31 anos.

O ataque a Sumy, condenado pelas potências ocidentais, ocorreu apenas dois dias após a visita de uma autoridade americana à Rússia.

O enviado do governo Trump, Steve Witkoff, reuniu-se com o presidente russo, Vladimir Putin, na sexta-feira, pela terceira vez desde fevereiro.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou nesta segunda-feira que esses contatos foram "extremamente úteis e muito eficazes". Peskov elogiou um canal de comunicação que permite que líderes russos e americanos troquem diretamente "diferentes elementos de suas posições sobre todos os tipos de questões".

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