Mundo

Rússia adverte EUA sobre consequências de ação militar na Síria

O presidente dos EUA disse hoje que "algo deve acontecer" após o ataque químico de terça, mas não quis antecipar que tipo de movimento planeja

Síria: "É preciso pensar nas consequências negativas. Toda a responsabilidade, se há uma ação militar, estará sobre os ombros daqueles que a iniciarem" (Ammar Abdullah/Reuters)

Síria: "É preciso pensar nas consequências negativas. Toda a responsabilidade, se há uma ação militar, estará sobre os ombros daqueles que a iniciarem" (Ammar Abdullah/Reuters)

E

EFE

Publicado em 6 de abril de 2017 às 22h46.

Nações Unidas - A Rússia advertiu os Estados Unidos nesta quinta-feira das "consequências negativas" de uma ação militar na Síria em resposta ao ataque químico desta semana, pelo qual Washington responsabiliza o regime de Bashar al Assad.

"É preciso pensar nas consequências negativas. Toda a responsabilidade, se há uma ação militar, estará sobre os ombros daqueles que a iniciarem", disse aos jornalistas o embaixador russo na ONU, Vladimir Safronkov.

Perguntado sobre quais seriam essas consequências, o diplomata citou "a história" e os casos de Iraque e Líbia, onde os EUA utilizaram a força.

O presidente dos EUA, Donald Trump, disse hoje que "algo deve acontecer" após o ataque químico de terça-feira, mas não quis antecipar que tipo de movimento planeja.

"O que Assad fez é terrível. O que aconteceu na Síria é um crime verdadeiramente atroz e não deveria ter ocorrido, e não deveria permitir-se que aconteça", acrescentou Trump.

Segundo a emissora "CNN", o presidente americano comunicou hoje a alguns membros do Congresso que está avaliando uma ação militar na Síria em resposta ao ataque químico.

Por sua parte, o secretário de Estado dos EUA, Rex Tillerson, prometeu uma "resposta apropriada" ao uso de armas químicas e atribuiu a Assad um "papel incerto" no futuro de seu país.

Nas Nações Unidas, os membros do Conselho de Segurança da ONU seguem negociando uma resolução em resposta ao ataque químico, mas até agora se mostraram muito divididos.

Acompanhe tudo sobre:Estados Unidos (EUA)SíriaDonald TrumpRússia

Mais de Mundo

Isenções de Trump cobrem 44% das exportações do Brasil aos EUA, diz Amcham

Venezuela ameaça considerar María Corina foragida se ela deixar o país

Trump orienta embaixadas a vigiar países que apoiam aborto e diversidade

Carnes e café: veja alguns produtos que foram isentos das tarifas de Trump