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Rússia adverte EUA que ciberataque é "brincar com fogo"

Andrei Krustkij, enviado especial do presidente russo Vladimir Putin, disse que nenhuma ação contra a Rússia ficará impune


	Obama e Putin: ex-funcionários de inteligência disseram que a CIA já teria reunido documentos que poderiam expor o presidente russo
 (Alexei Druzhinin / Reuters)

Obama e Putin: ex-funcionários de inteligência disseram que a CIA já teria reunido documentos que poderiam expor o presidente russo (Alexei Druzhinin / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 15 de outubro de 2016 às 14h03.

Moscou -- O plano dos Estados Unidos de lançar um ataque cibernético contra a Rússia em represália à suposta intromissão do Kremlin na campanha presidencial americana é o mesmo que "brincar com fogo", advertiu neste sábado Andrei Krustkij, enviado especial do presidente russo Vladimir Putin.

"Os Estados Unidos estão se preparando para uma guerra cibernética e querem nos intimidar? É uma ingenuidade e irresponsabilidade de sua parte. Estão tentando brincar com fogo, mas podem acabar queimando sua própria casa", disse Krustkij em entrevista à agência "Interfax".

Ontem, a emissora de televisão americana "NBC" informou, citando fontes dos serviços de inteligência dos EUA, que a CIA tem a incumbência de apresentar opções à Casa Branca para uma operação "clandestina" e de amplo alcance cibernético contra o Kremlin.

Além disso, ex-funcionários de inteligência acrescentaram que a CIA já teria reunido documentos que poderiam expor o presidente russo, Vladimir Putin.

"Nenhuma ação contra a Rússia ficará impune", enfatizou Krutskij, embaixador especial para assuntos de cooperação internacional em matéria de segurança cibernética.

O funcionário russo afirmou que os Estados Unidos, ao invés de diminuírem a tensão para chegar a acordos para que essas situações não aconteçam, tentam intimidar a Rússia. "Isto é um descaramento, uma grosseria e um estupidez", acrescentou Krutskij.

Os Estados Unidos acusaram oficialmente a Rússia dos ataques que, entre outras coisas, proporcionaram a divulgação de 20 mil e-mails do Comitê Nacional Democrata (DNC, sigla em inglês) por parte do site "Wikileaks".

O presidente dos EUA, Barack Obama, "já tem várias respostas disponíveis, e considerará uma que seja proporcional", mas é "improvável que a torne pública antes de sua realização", disse esta semana o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest.

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