Homem em barricada perto do local de conflitos na Ucrânia: "Moscou condena firmemente a violência dos elementos radicais", disse porta-voz (David Mdzinarishvili/Reuters)
Da Redação
Publicado em 19 de fevereiro de 2014 às 10h21.
Moscou - O governo da Rússia condenou a ação violenta dos radicais ucranianos e considerou que a mesma estaria relacionada a uma "tentativa de golpe de Estado", afirmou nesta quarta-feira o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.
"Moscou condena firmemente a violência dos elementos radicais, que violaram os acordos e aproveitaram a anistia dos detidos para, depois, articular ações de violência", declarou Peskov, citado por agências russas.
O porta-voz ressaltou que as ações dos radicais ucranianos "podem ser consideradas - se consideram em Moscou - como uma tentativa de golpe de Estado". Segundo ele, na opinião do presidente da Rússia, Vladimir Putin, "toda a responsabilidade do que ocorre atualmente na Ucrânia é dos extremistas".
"Moscou respaldou e respalda o diálogo entre todas as forças políticas civilizadas da Ucrânia", ressaltou Peskov ao esclarecer que as autoridades russas desejam que os ucranianos "solucionem essa situação criada o mais rápido possível".
Por fim, antes de encerrar seu pronunciamento, o porta-voz fez questão de ressaltar que Putin "nunca deu conselhos ao presidente ucraniano, Viktor Yanukovich, e também não pensa em dar no futuro".
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia, por sua vez, expressou sua "indignação pela falta de reação dos líderes da oposição (ucraniana) às ações dos radicais".
"Também não vemos uma reação adequada das estruturas e líderes políticos, que se negam a admitir que a responsabilidade das ações dos radicais na Ucrânia é da oposição", apontou a Chancelaria russa em uma declaração publicada em seu site.