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Rússia acusa JPMorgan de bloquear pagamento de embaixada

País acusou o banco de bloquear "ilegalmente" o pagamento de uma de suas embaixadas a uma agência de seguros


	Fachada do prédio-sede do banco JPMorgan: Ministério das Relações Exteriores russo qualificou como "inaceitável, ilegal e absurda"
 (Eduardo Munoz/Reuters)

Fachada do prédio-sede do banco JPMorgan: Ministério das Relações Exteriores russo qualificou como "inaceitável, ilegal e absurda" (Eduardo Munoz/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 1 de abril de 2014 às 20h37.

Moscou - A Rússia acusou nesta terça-feira o banco norte-americano JPMorgan de bloquear "ilegalmente" o pagamento de uma de suas embaixadas a uma agência de seguros "sob o pretexto de sanções contra a Rússia".

Em um comunicado em seu site, o Ministério das Relações Exteriores russo sugeriu que a ação, que qualificou como "inaceitável, ilegal e absurda", teria consequências para a embaixada e o consulado dos EUA na Rússia.

Um dos maiores confrontos até agora relacionados com as sanções norte-americanas, a decisão pode elevar as tensões entre Washington e Moscou e aumentar o nervosismo das empresas norte-americanas em fazer negócios na Rússia.

"Washington deve compreender que qualquer ação hostil contra uma missão diplomática russa não só constitui uma violação flagrante do direito internacional, mas tem amplas consequências que, inevitavelmente, afetarão o trabalho da embaixada e do consulado-geral dos Estados Unidos na Rússia", disse o comunicado da chancelaria russa.

O banco disse mais tarde, em comunicado, que está sujeito à regulamentação governamental (dos EUA) e que "vai continuar a buscar a orientação do governo dos EUA na implementação das sanções recentes".

O pagamento foi efetuado pela embaixada da Rússia no Cazaquistão para a agência de seguros russa Sogaz, da qual a Abros possui uma parte, segundo o site da Sogaz. A Abros é uma subsidiária do Banco Rossiya, de acordo com relatos da mídia russa, que está enfrentando sanções dos EUA.

O Banco Rossiya foi incluído na lista negra da Casa Branca no mês passado, como parte de um amplo esforço para punir o círculo íntimo do presidente russo Vladimir Putin pelo papel de Moscou na crise na Ucrânia.

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