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Rússia acusa EUA e UE de planejarem 'provocações' na Ucrânia

Líderes das diplomacias de Estados Unidos e União Europeia tentam criar uma frente unida em meio às preocupações de que a Rússia planeja invadir a Ucrânia

Bandeira Rússia e Ucrânia (Bloomberg/Bloomberg)

Bandeira Rússia e Ucrânia (Bloomberg/Bloomberg)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 20 de janeiro de 2022 às 12h06.

A Rússia acusou o Ocidente de planejar "provocações" na Ucrânia, apesar das suspeitas de que Moscou esteja preparando uma invasão ao país vizinho. Porta-voz do Ministério de Relações Exteriores russo, Maria Zakharova disse nesta quinta-feira (20) que alegações ucranianas e de países ocidentais sobre um iminente ataque russo à Ucrânia são um "pretexto para lançar provocações próprias em larga escala, incluindo de caráter militar".

"Elas podem ter consequências extremamente trágicas para a segurança regional e global", afirmou Zakharova, citando uma recente entrega de armas à Ucrânia por aviões de transporte militar britânicos.

Já o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que uma ameaça dos EUA de possivelmente cortar a Rússia do sistema bancário global pode encorajar forças ucranianas a tentarem retomar o controle da Bacia do Donets, no leste da Ucrânia. Atualmente, a região está sob domínio de separatistas apoiados pela Rússia. 

Frente unida

Os líderes das diplomacias de Estados Unidos e União Europeia (UE) tentaram projetar uma frente unida, nesta quinta-feira, 20, em meio às preocupações de que a Rússia planeja invadir a Ucrânia. Os russos reuniram cerca de 100 mil soldados perto do território vizinho. Na quarta-feira, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse que acredita que Moscou prepara uma invasão e alertou que o seu homólogo russo, Vladimir Putin, pagaria "um preço caro" pelas vidas perdidas.

Nesse contexto, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, conversou nesta quinta com diplomatas da Alemanha, França e Reino Unido - a chamada reunião do Quad. Um dia antes, ele se encontrou com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, em Kiev para discutir a ameaça.

O chefe da diplomacia americana deve fazer um discurso sobre a crise ainda nesta quinta-feira, na capital alemã, antes de seguir para Genebra, na Suíça, onde se encontrará com o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, na sexta-feira.

Em seu discurso na Academia de Ciências de Berlim-Brandemburgo, Blinken irá abordar a posição americana sobre a Ucrânia, o contexto histórico mais amplo da crise atual e a necessidade de os aliados apresentarem uma frente unificada para enfrentar a agressão da Rússia e as violações das normas internacionais , disseram autoridades americanas.

Blinken também deve se dirigir ao povo russo para delinear os custos que seu país pagará caso avance com uma invasão, afirmaram as fontes.

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