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Rússia acusa EUA de matar mais de 20 civis em bombardeio na Síria

Segundo o chefe do Estado-Maior do exército russo, mortes são resultado de ataque realizado em 3 de janeiro por um bombardeiro B-52

Síria: o general detalhou que essa cidade tinha aderido à trégua (Ammar Abdullah/Reuters)

Síria: o general detalhou que essa cidade tinha aderido à trégua (Ammar Abdullah/Reuters)

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EFE

Publicado em 10 de janeiro de 2017 às 10h54.

Moscou - A Rússia acusou nesta terça-feira os Estados Unidos de terem matado mais de 20 civis em em um bombardeio contra uma cidade da província de Idlib, na Síria, apesar do cessar-fogo que vigora desde 30 de dezembro.

"O último exemplo é o ataque realizado em 3 de janeiro por um bombardeiro B-52, sem conhecimento da parte russa, contra a cidade de Sarmada, na província de Idlib", disse Valeri Guerasimov, chefe do Estado-Maior do exército russo, em reunião do Ministério da Defesa.

O general russo, que detalhou que essa cidade tinha aderido à trégua, assegurou que, "como resultado do ataque, morreram mais de 20 civis", segundo veículos de imprensa locais.

Guerasimov afirmou que a coalizão ocidental liderada pelos EUA quase não contribuiu para a luta contra o terrorismo no país árabe, mas causou "um significativo número de vítimas entre a população civil e as forças governamentais".

O militar russo lembrou que, em setembro, a aviação americana também atacou uma coluna do exército sírio em Deir ez Zor, matando 90 soldados, o que permitiu que o Estado Islâmico lançasse uma contra-ofensiva.

Guerasimov estimou em quase 1.100 as localidades sírias que já aderiram ao cessar-fogo e em mais de 9 mil os combatentes que renunciaram à luta armada.

A Rússia destacou que as violações do cessar-fogo diminuiram gradualmente desde 30 de dezembro, mas o Centro de Reconciliação Russo na Síria segue registrando entre dez e 20 casos por dia.

Contudo, o Kremlin informou hoje que as consultas continuam para a realização de uma nova rodada de negociações de paz entre o regime de Bashar al Assad e a oposição armada em Astana, no Cazaquistão, para a solução pacífica do conflito.

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