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Rússia acusa EUA de abastecer rebeldes sírios com armas

O ministro russo das Relações Exteriores justificou as vendas de armamento de seu país para a Síria afirmando que "não violam nenhuma lei internacional"

Serguei Lavrov: esta é a primeira vez que um alto funcionário russo acusa abertamente os Estados Unidos de abastecer de armas os rebeldes sírios (Alexander Nemenov/AFP)

Serguei Lavrov: esta é a primeira vez que um alto funcionário russo acusa abertamente os Estados Unidos de abastecer de armas os rebeldes sírios (Alexander Nemenov/AFP)

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Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2012 às 12h05.

Teerã - O ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, acusou os Estados Unidos de abastecer de armas os rebeldes sírios, ao falar em uma coletiva de imprensa realizada nesta quarta-feira na capital iraniana Teerã.

"Os Estados Unidos abastecem de armas a oposição, armas que são utilizadas nos combates contra o governo sírio", afirmou o chanceler russo, que justificou as vendas de armamento de seu país para a Síria porque "não violam nenhuma lei internacional, já que são equipamentos para a defesa".

Esta é a primeira vez que um alto funcionário russo acusa abertamente os Estados Unidos de abastecer de armas os rebeldes sírios, já que até agora a Rússia denunciou apenas "as potências estrangeiras", sem identificá-las, como responsáveis por dar apoio militar aos oposicionistas.

Lavrov fez estas declarações em uma coletiva conjunta com seu colega iraniano, Ali Akbar Salehi, com quem discutiu a questão síria.

Na véspera, a secretária de Estado Hillary Clinton afirmou que os Estados Unidos estão preocupados com as informações de que a Rússia enviou helicópteros de ataque à Síria.

"Estamos preocupados sobre a informação recebida recentemente de que helicópteros de ataque estão a caminho da Rússia para a Síria, o que intensificará a escalada do conflito dramaticamente", afirmou Clinton em um debate no Brooking Institution, um centro de estudos em Washington.

"Não resta dúvida de que o ataque segue o uso da artilharia pesada. Pedimos aos russos que detenham seus constantes envios de armas à Síria", assinalou.

"A Rússia afirmou reiteradas vezes que não está defendendo Assad, mas que se preocupa com o que virá depois de Assad e que trabalharia numa transição política", indicou.

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