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Ruanda e RDC fecham acordo para neutralizar rebelião

O acordo foi fechado após uma reunião bilateral entre os presidentes congolês, Joseph Kabila, e ruandês, Paul Kagame

Rebeldes do M23 em um caminhão das Forças Armadas da RDC, em Bunagana (Michele Sibiloni/AFP)

Rebeldes do M23 em um caminhão das Forças Armadas da RDC, em Bunagana (Michele Sibiloni/AFP)

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Da Redação

Publicado em 18 de julho de 2012 às 18h05.

Adis Abeba - Ruanda e República Democrática do Congo (RDC) acertaram neste domingo o envio de uma força internacional para neutralizar os rebeldes no leste da RDC, paralelamente a uma reunião de cúpula da União Africana marcada também por um gesto amigável entre os dois Sudões.

O acordo foi fechado após uma reunião bilateral entre os presidentes congolês, Joseph Kabila, e ruandês, Paul Kagame, informou este último à AFP.

A ONU havia acusado Ruanda de abastecer com armas e recrutas os rebeldes do Movimento de 23 de Março, protagonistas de uma nova crise no leste da RDC. Nos últimos meses, os rebeldes tomaram as armas contra o Exército - ao qual haviam sido integrados em virtude de um acordo anterior - e tomaram várias localidades do leste daquele país.

"Aceitamos o princípio de pedir a outros que nos ajudem, mas os detalhes ficarão para mais tarde", assinalou Kagame, ao ser consultado sobre a força internacional após o encontro paralelo à reunião da União Africana (UA), realizada em Adis Abeba.

Esta manhã, na abertura dos trabalhos, o presidente da Comissão da UA, Jean Ping, revelou que a organização continental "está disposta a contribuir para a criação de uma força regional que coloque um ponto final na ação dos grupos armados" no leste da RDC. 

Mais tarde, Kagame e o presidente da RDC, Joseph Kabila, assinaram um documento em que pedem a colaboração da UA e da ONU "para pôr em andamento, imediatamente, uma força internacional neutra, com o objetivo de erradicar o M23 e qualquer outra força negativa na região dos Grandes Lagos".

Ainda não se conhecem os detalhes da articulação entre esta força neutra e os 17 mil militares e 2 mil civis da missão da ONU (Monusco) enviados no fim de 1999 à região. A questão será decidida em uma nova reunião, nos dias 6 e 7 de agosto, em Kampala.

Os presidentes de outros dois países que têm uma relação tensa, Sudão e Sudão do Sul, foram aplaudidos na sala quando apertaram as mãos. Eles já haviam conversado por uma hora em um hotel da capital etíope, na noite de ontem. O encontro foi o primeiro entre Omar al-Bashir e Salva Kiir após os combates fronteiriços entre seus Exércitos, há menos de três meses.

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