Fairfax - O candidato republicano à Presidência dos Estados Unidos, Mitt Romney, criticou a atuação do presidente Barack Obama na política externa nesta quinta-feira, após a morte de quatro norte-americanos na Líbia, afirmando que os EUA parecem estar à mercê dos acontecimentos no mundo.

Romney defendeu uma ação militar mais firme dos EUA durante um evento de campanha no norte da Virgínia, uma área que pode ter papel decisivo na eleição presidencial de 6 de novembro entre o republicano e o presidente democrata, que busca a reeleição.

Mas Romney, ex-governador de Massachusetts, não repetiu as acusações de que o governo Obama estaria pedindo desculpas aos inimigos dos Estados Unidos.

"Quando olhamos o mundo hoje, algumas vezes parece que estamos à mercê dos eventos, em vez de dando forma aos eventos", disse ele em Fairfax, um subúrbio de Washington DC.

Romney tem sofrido críticas de democratas, de críticos e até de alguns republicanos por uma declaração que sua campanha emitiu criticando a resposta inicial do governo Obama aos protestos contra missões diplomáticas dos EUA em Benghazi, na Líbia, e no Cairo.

Romney na quarta-feira denunciou a embaixada dos EUA no Cairo por criticar um filme anti-islã que motivou os protestos. O embaixador dos EUA na Líbia e três outros americanos foram mortos em um ataque ao consulado em Benghazi durante protesto contra o filme.

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No evento em Fairfax, Romney não repetiu os ataques ao governo, mas não mostrou sinais de remorso. Ao prestar homenagem aos quarto norte-americanos mortos na Líbia, Romney foi interrompido.

"Por que você está politizando a Líbia?", gritou um homem, de acordo com o áudio capturado por uma câmera de televisão.

Romney disse que queria pausar o evento de campanha para um momento de silêncio pelas vítimas, mas "um cavalheiro não quer fazer silêncio então vamos continuar".

O público de apoiadores de Romney silenciou o homem que interrompeu o candidato com gritos de "USA", e ele foi retirado do local.

O republicano prestou a homenagem aos mortos na Líbia, incluindo o embaixador Christopher Stevens, afirmando: "Que tragédia perder pessoas tão maravilhosas".

Romney acusou Obama de implantar grandes cortes no orçamento da defesa que entrarão em vigor ao final do ano, a menos que o presidente consiga negociar um acordo de orçamento com o Congresso.

Romney provavelmente precisa vencer na Virgínia para conseguir derrotar Obama nas eleições, e para isso dependerá em grande parte dos votos do norte da Virgínia. Muitos moradores da área dependem de empregos no governo em Washington.