Mundo

Romney diz que armaria oposição síria se fosse presidente

Além disso, Romney criticou o que ele descreveu como "uma política passiva" de Barack Obama em relação ao conflito no Oriente Médio


	Mitt Romney: "O século 21 pode, e deve ser, um século americano", afirmou 
 (Brian Snyder/Reuters)

Mitt Romney: "O século 21 pode, e deve ser, um século americano", afirmou  (Brian Snyder/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 8 de outubro de 2012 às 21h49.

Washington - O candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, Mitt Romney, afirmou nesta segunda-feira que se fosse presidente garantiria o fornecimento de armas para a oposição na Síria na luta contra com o regime de Bashar al Assad.

Romney disse que colaboraria com os aliados dos EUA - dos quais não citou nomes - para "identificar e organizar na Síria os membros da oposição que compartilham com os nossos valores, e para garantir que obtenham as armas necessárias para derrotar os tanques, helicópteros e aviões de Assad".

"O século 21 pode, e deve ser, um século americano", afirmou Romney em seu discurso de 18 minutos diante de centenas de cadetes no Instituto Militar da Virginia.

Além disso, Romney criticou o que ele descreveu como "uma política passiva" de Barack Obama em relação ao conflito no Oriente Médio, e a ausência de uma reação mais enérgica ao ataque do mês passado na Líbia, no qual morreram o embaixador dos EUA, Chris Stevens, e outros três funcionários.

Segundo Romney, Obama falhou tanto com Israel quanto com os palestinos já que "o que deveria ser um processo de negociação se transformou em uma série de acaloradas disputas nas Nações Unidas".


"Neste conflito antigo, como em cada desafio que encaramos no Oriente Médio, só um novo presidente trará a oportunidade de começar de novo. Há no Oriente Médio um anseio pela liderança americana", acrescentou o candidato, que não deu mais detalhes sobre o seu plano para a região.

"A esperança não é uma estratégia", disse Romney. "Os ataques não foram fortuitos, e o que está em jogo no Oriente Médio é muito grave", acrescentou.

"O ataque contra nosso consulado em Benghazi no dia 11 de setembro foi, provavelmente, obra das mesmas forças que atacaram nossa pátria no dia 11 de setembro de 2001", afirmou. "Não se pode culpar um vídeo que insultou o Islã por este ataque, apesar do governo ter tentado nos convencer disso por tanto tempo".

Romney afirmou que "agora o governo admite que foram ataques deliberados de terroristas que usam a violência para impor aos outros sua ideologia obscura, especialmente às mulheres e às meninas. São terroristas que lutam para controlar grande parte do Oriente Médio e que buscam uma guerra perpétua contra o Ocidente".


Já em relação ao Irã, Romney disse que não demoraria em "impor novas sanções e endurecer" as já existentes.

"Eu vou restabelecer a presença permanente das forças tarefa com porta-aviões, tanto no Mediterrâneo oriental como na região do Golfo, e trabalharei com Israel para aumentar a assistência e a coordenação militar", acrescentou.

Romney não mostrou muitas divergências com a estratégia de Obama para o Afeganistão, que incluiu um aumento da presença militar em 2009 e um cronograma que porá fim, em 2014, à presença das tropas americanas nesse país. 

Acompanhe tudo sobre:Eleições americanasMitt RomneyPolíticosSíria

Mais de Mundo

Eleições no Uruguai: Mujica vira 'principal estrategista' da campanha da esquerda

Israel deixa 19 mortos em novo bombardeio no centro de Beirute

Chefe da Otan se reuniu com Donald Trump nos EUA

Eleições no Uruguai: 5 curiosidades sobre o país que vai às urnas no domingo