"Os Estados Unidos deveriam estar apoiando a liberdade, em vez de fazer concessões aos filhos privilegiados de ditadores comunistas", criticou Chen (©AFP / Nicholas Kamm)
Da Redação
Publicado em 18 de maio de 2012 às 16h44.
Washington - O gabinete de campanha de Mitt Romney, favorito para obter a candidatura republicana à presidência de EUA, criticou nesta sexta-feira a decisão do Departamento de Estado de conceder um visto para a filha do presidente cubano participar de um congresso acadêmico na próxima semana no país.
O diretor da campanha de Romney, Lanhee Chen, disse em comunicado que a decisão do governo do presidente Barack Obama de conceder um visto para Mariela Castro, filha de Raúl Castro, "é uma bofetada para todos os valentes indivíduos que estão suportando em Cuba uma perseguição por lutarem pelos direitos universais".
Mariela Castro, conhecida por sua defesa dos direitos dos homossexuais, está entre um grupo de 60 cubanos que receberam vistos de entrada nos EUA para participar do 30º Congresso da Associação de Estudos Latino-Americanos (LASA), na Califórnia, entre os dias 23 e 26 de maio.
Romney defende o embargo contra Cuba e em janeiro prometeu lutar por "um final pacífico para a ditadura de Castro".
"Enquanto os irmãos Castro aumentaram a repressão na ilha nos últimos três anos, a administração Obama suavizou sua resposta", acrescentou Lanhee Chen.
"Os Estados Unidos deveriam estar apoiando a liberdade, em vez de fazer concessões aos filhos privilegiados de ditadores comunistas", criticou Chen.
Recentemente, Mariela elogiou a decisão do presidente Barack Obama de apoiar os casamentos homossexuais. A decisão de permitir sua entrada no país também foi condenada pelos legisladores americanos de origem cubana.
Embora na prática Obama e Romney já disputem como os dois únicos rivais para as eleições de novembro, Romney só será escolhido oficialmente como candidato na Convenção Nacional Republicana, que será realizada em Tampa, na Flórida, no final de agosto.