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Romney apresenta plano energético e empata com Obama

O plano de Romney tem como objetivo alcançar a independência energética em 2020


	Mitt Romney: ''Asseguraremos que não tenhamos que comprar petróleo de países que talvez não sejam nossos melhores amigos''
 (©AFP/Getty Images / Eric Kayne)

Mitt Romney: ''Asseguraremos que não tenhamos que comprar petróleo de países que talvez não sejam nossos melhores amigos'' (©AFP/Getty Images / Eric Kayne)

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Da Redação

Publicado em 23 de agosto de 2012 às 21h03.

Washington - Mitt Romney apresentou nesta quinta-feira seu plano para conseguir a independência energética dos Estados Unidos em 2020, enquanto uma nova pesquisa mostrou que o pré-candidato republicano está empatado com o atual presidente Barack Obama em estados decisivos como Flórida e Wisconsin.

''Tenho uma visão dos EUA como superpotência energética, mediante o rápido aumento de nossa própria produção e do fortalecimento de nossa associação com nossos aliados de Canadá e México para alcançar a independência energética neste continente'', discursou Romney em um comício em Hobbs, no Novo México.

O plano de Romney tem como objetivo alcançar a independência energética em 2020, combinando as alianças com os países vizinhos com a estimulação da produção de petróleo e gás natural em terrenos federais e em poços no litoral dos EUA.

''Asseguraremos que não tenhamos que comprar petróleo de países que talvez não sejam nossos melhores amigos: no Oriente Médio e na Venezuela'', acrescentou o ex-governador de Massachusetts.

Também se mostrou disposto a aproveitar as grandes jazidas petrolíferas das areias betuminosas do Canadá e prometeu dar sinal verde à ampliação do oleoduto Keystone, projeto atualmente paralisado pelo governo de Obama por questões ambientais.

Obama, candidato democrata à reeleição, não teve atos eleitorais hoje, mas seu porta-voz, Jay Carney, tratou de destacar que o plano de Romney ''se centra quase exclusivamente'' no petróleo e nos combustíveis fósseis, ao contrário da aposta do atual governo nas energias renováveis.


A visão de Romney e de seu candidato a vice-presidente, Paul Ryan, que qualificou a energia eólica de ''moda passageira'', é ''estreita'' e ''perigosa'', indicou o porta-voz.

Segundo Carney, sob o mandato de Obama, a produção de energia renovável duplicou e a dependência das importações de petróleo estrangeiro diminuiu até seu nível mais baixo em 16 anos.

Em meio ao debate, uma nova pesquisa divulgada hoje revelou que Obama tem uma ligeira vantagem sobre Romney no estratégico estado de Ohio, mas ambos empatam na Flórida e em Wisconsin, também decisivos para as eleições do dia 6 de novembro.

A enquete, realizada pela Universidade Quinnipiac para o jornal ''The New York Times'' e o canal ''CBS'' com mais três mil prováveis eleitores dos três estados, mostra que a escolha de Ryan deu um ligeiro impulso aos republicanos em Wisconsin e Flórida, mas não em Ohio.

A liderança de Obama é ''muito sólida'' em Ohio, em parte porque a situação econômica nesse estado é melhor que a média nacional, explicou em entrevista coletiva Peter Brown, diretor-adjunto do Instituto de Enquetes da Universidade Quinnipiac.

No entanto, os seis pontos que o líder tinha de vantagem na pesquisa anterior em Wisconsin e Flórida reduziram agora para dois e três, respectivamente, o que na prática é um empate dada a margem de erro de 2,8 pontos percentuais.

Ryan esteve hoje na Carolina do Norte e ali prometeu que, se Romney ganhar em novembro, reverterá os cortes ''automáticos'' na despesa em Defesa programados para combater o déficit se o Congresso não chegar a um acordo antes de janeiro.

Enquanto isso, a primeira-dama Michelle Obama pediu em um comício em Milwaukee (Wisconsin) votos para seu marido continuar com a ''mudança'' iniciada no país com sua eleição em 2008.

Além disso, a campanha democrata lançou um novo comercial de televisão no qual o ex-presidente Bill Clinton estabelece um contraste entre seu partido e os republicanos, e afirma que Obama tem um plano para ''reconstruir'' os EUA que ''só funciona com uma classe média forte''. 

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