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Romênia tem protestos e renúncia após descriminalizar corrupção

O decreto gerou fortes críticas dentro e fora do país e provocou os maiores protestos populares desde 1989

Manifestantes seguram bandeira da Romênia durante protesto contra descriminalização da corrupção (Inquam Photos/Octav Ganea/Reuters)

Manifestantes seguram bandeira da Romênia durante protesto contra descriminalização da corrupção (Inquam Photos/Octav Ganea/Reuters)

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EFE

Publicado em 2 de fevereiro de 2017 às 10h09.

Bucareste - O ministro de Comércio da Romênia, Florin Jianu, anunciou nesta quinta-feira que a consciência e a ética o obrigam a apresentar sua renúncia após o governo social-democrata assinar um decreto que descriminaliza certos casos de corrupção e que provocou uma onda de protestos no país.

Em mensagem publicada na rede social Facebook, Jiani explica que espera que o governo retifique o que considera um "erro" para que possa continuar seu trabalho e pede que sua renúncia não seja utilizada como arma política.

Mais de 150 mil pessoas se manifestaram ontem nas principais cidades romenas para protestar contra o governo, que aprovou na última terça-feira pela via de urgência um decreto que descriminaliza os casos de corrupção que gerem ao Estado perdas inferiores a 44 mil euros.

Nos casos abaixo desse número serão iniciados procedimentos administrativos e civis para recuperar o dinheiro e punir os responsáveis.

O decreto do governo do primeiro-ministro, Sorin Grindeanu, que assumiu o cargo no início de janeiro, gerou fortes críticas dentro e fora do país e provocou os maiores protestos populares desde a queda do comunismo na Romênia, em 1989.

A oposição de centro-direita anunciou uma moção de censura, o principal órgão judicial prepara um recurso contra a medida e o presidente do país, Klaus Iohannis, pediu a intervenção do Tribunal Constitucional e a realização de um referendo sobre o tema.

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